Novo atrito deixa local da Fatec indefinido em Ribeirão Preto

Um novo desentendimento entre a Prefeitura de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) e representantes do Estado deixou indefinido o local onde será construída a Fatec (Faculdade de Tecnologia).

O primeiro projeto prevê o uso da área da antiga fábrica Cianê --patrimônio cultural tombado pelo município. A nova intenção do governo, porém, levaria a Fatec para a Vila Virgínia, na zona oeste.

O atrito ocorreu em reunião nesta quinta-feira (29) no Ministério Público Estadual para discutir o tema.

A prefeita Dárcy Vera (PSD) disse que não é atendida pela diretora superintendente do Centro Paula Souza, Laura Laganá, para falar do tema desde que um dos prédios da Cianê foi incendiado, em outubro do ano passado.

Laganá negou a acusação da prefeita e disse que, para evitar o atraso na entrega da faculdade, o Estado decidiu transferir a área para um local próprio, a fim de entregar a Fatec até 2014.

A diretora disse ainda que chegou a enviar dois projetos arquitetônicos para a prefeitura --um antes e outro depois do incêndio--, mas "não houve empenho municipal".

Segundo ela, a prefeitura não fez a doação e o desmembramento da área e não entregou um laudo técnico comprovando que a estrutura dos prédios não estava abalada.

	Edson Silva/Folhapress
	Prédio da antiga fábrica Cianê, em Ribeirao Preto, onde a prefeita Dárcy Vera (PSD) quer que seja a Fatec

Dárcy, por sua vez, disse se preocupar, caso a Fatec não seja erguida na Cianê, de perder quase R$ 5 milhões que poderia receber para recuperar outros prédios históricos.

A pedido do promotor Naul Felca, o Estado deve estudar a proposta de manter a faculdade na Cianê --o prazo para a resposta seria de 15 dias.