Após assembleia, sapateiros de Franca (SP) decidem continuar greve

Em assembleia realizada no final da tarde desta sexta-feira (1º), o sindicato dos sapateiros de Franca (400 km de São Paulo) recusou a proposta de reajuste salarial de 7,59% apresentada pelo Sindifranca (Sindicato da Indústria de Calçados de Franca).

A categoria decidiu pela continuidade da greve, que entra na segunda semana na próxima segunda-feira (4).

As paralisações, que começaram na última terça-feira (26), mobilizaram cerca de 6.000 funcionários de 12 indústrias do município.

Segundo o presidente do sindicato, Fábio Cândido, os calçadistas continuam a reivindicar 10% de reajuste salarial e pagamento de 150 horas de PLR (participação nos lucros e resultados).

Sem negociação com a indústria, a estratégia dos sapateiros permanece na tentativa de negociação fábrica a fábrica.

"Tanto a quantidade de trabalhadores parados, quanto as ofertas individuais que os sapateiros têm recebido mostram que é possível melhorarmos o que está sendo oferecido", afirma.

A GREVE

A paralisação começou após os trabalhadores terem recusado proposta do Sindifranca de 7,13% de aumento.

Os sapateiros pedem reajuste mínimo de 10% do atual piso, de R$ 752. Na quarta-feira (27), a indústria havia apresentado uma nova proposta de reajuste, de 7,5%, mas os trabalhadores a recusaram.

Já na sexta-feira, a nova proposta oferecida pelo Sindifranca foi de 7,59%, também rejeitada.

A reportagem não conseguiu ouvir neste sábado (2) representantes do Sindifranca.