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Ribeirão Preto
Alunos de medicina da USP questionam nomeação de novo diretor
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DANIELA SANTOS
DE RIBEIRÃO PRETO
Os estudantes da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (313 km de Ribeirão Preto) prometem paralisar as aulas nesta terça-feira (19) e no dia seguinte em protesto à escolha do novo diretor da unidade anunciada pela reitoria da USP.
Após receber a lista tríplice da FMRP, o reitor da Universidade de São Paulo, João Grandino Rodas, escolheu para o cargo Carlos Gilberto Carlotti Júnior, segundo colocado na votação feita por professores, alunos e funcionários do curso. Ele já ocupa o cargo desde quinta-feira.
Os alunos dizem que quem deve assumir o posto é o primeiro colocado, Luiz Ernesto de Almeida Troncon. Afirmam que a escolha de Rodas foi uma "falta de democracia e respeito" com a FMRP.
Segundo os estudantes, é a primeira vez, desde o fim da ditadura, em 1985, que o primeiro colocado não é escolhido pelo reitor como diretor da faculdade. Embrião da USP em Ribeirão e fundada em 1952, a FMRP elege seu diretor dessa forma desde 1988.
A assessoria da USP e Carlotti dizem que já ocorreram outras vezes em que o segundo colocado foi escolhido para a direção, mas não informaram quando.
Consultado pela Folha, o ex-diretor da FMRP Ayrton Custodio Moreira confirmou que, desde o fim do regime militar, essa é a primeira vez que a vontade da comunidade não é respeitada.
A paralisação foi definida em reunião na última sexta-feira (15), realizada pelo Centro Acadêmico Rocha Lima, que também elegeu Rodas como "persona non grata" para a instituição discente.
"O reitor desacatou a livre escolha da comunidade da FMRP e acabou por indicar, apoiando-se no contestado e antidemocrático estatuto da USP, o segundo colocado da lista", diz o documento feito da assembleia de sexta-feira.
Apesar da contestação, o reitor tem autonomia, segundo o estatuto da USP, de escolher qualquer um dos candidatos da lista tríplice.
'CENSURA'
Os estudantes dizem ainda que já sofreram censura por parte de Carlotti. Segundo eles, um e-mail que seria enviado para todos os integrantes da FMRP, com a convocação da reunião de sexta-feira (15), não foi distribuído pelo endereço eletrônico da faculdade, por "ordem da diretoria."
Um aluno do centro acadêmico ouvido pela Folha, que preferiu não ser identificado temendo represálias, disse que, apesar do veto, a assembleia teve cerca de 300 membros da comunidade e decidiu pela paralisação geral das aulas do primeiro ao sexto ano do curso de medicina.
Mesmo com a polêmica, professores da FMRP minimizam a questão. O também ex-diretor Benedito Carlos Maciel afirmou não entender a manifestação, já que "a regra diz que o reitor pode escolher um dos três mais bem votados."
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