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Atlas do Trabalho Escravo no Brasil pode prevenir exploração
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DE SÃO PAULO
Produção de carvão, exploração de cana-de-açúcar e pecuária são os ramos onde mais aparecem casos de trabalho escravo no Brasil. A informação está no livro Atlas do Trabalho Escravo no Brasil, lançado pela Oscip Amigos da Terra - Amazônia Brasileira.
Realizado pelos geógrafos da USP Hervé Théry, Neli Aparecida de Mello, Julio Hato e Eduardo Paulon Girardi, com apoio da OIT (Organização Internacional do Trabalho), o atlas foi desenvolvido com uma metodologia inédita que caracteriza a distribuição, os fluxos, as modalidades e os usos do trabalho escravo no país, nas escalas municipal, estadual e regional, utilizando fontes oficiais e consolidadas.
"O objetivo é criar uma ferramenta com a qual financiadores e empresas, em vez de reagir aos problemas, podem preveni-los, focando onde o risco é maior. Mas é essencial que a ferramenta seja atualizada constantemente", destaca Roberto Smeraldi, diretor da Amigos da Terra.
O atlas oferece o Índice de Probabilidade de Trabalho Escravo, que aponta as atividades e locais onde o risco de trabalho escravo é maior, o Índice de Vulnerabilidade ao Aliciamento, indicando os locais de origem do escravo, e ainda um perfil do escravo brasileiro do século 21.
As análises, além de ajudar gestores de políticas públicas e financiadores do setor privado na escolha e desenvolvimento de novos projetos, contribui para gestores de políticas públicas e sociais no combate do problema.
"A ferramenta desenvolvida criou uma metodologia extremamente útil para a sociedade civil", afirma Hervé Thery, co-autor do atlas.
Para Eduardo Paulo Girardi, que também é professor da Unesp, a diminuição da violência no campo passa pela reforma agrária.
"O objetivo da reforma agrária é contribuir para diminuir a pobreza, as desigualdades regionais e sociais do Brasil; ela é um problema com relações diretas com a questão ambiental e urbana. Juntamente com essas outras duas questões estruturais do país, a questão agrária se configura como uma etapa cuja transposição é indispensável para promover o real desenvolvimento do país", opina Girardi, co-autor do atlas.
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