Prêmio elege os 5 empreendedores sociais do ano no Brasil

19ª edição do concurso realizado por Folha e Schwab reconhece iniciativas que promovem equidade de renda para mulheres, estímulo à leitura e à escrita, suporte a refugiados e moradia digna

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São Paulo

Os vencedores da 19ª edição do Prêmio Empreendedor Social lideram iniciativas que promovem equidade de renda para mulheres, estímulo à leitura e à escrita, suporte a refugiados e moradia digna.

Na cerimônia no teatro Porto Seguro, apresentada por Cris Guterres e Bruno Gagliasso, foram anunciados cinco inovadores sociais do ano entre 9 finalistas do concurso realizado por Folha e Fundação Schwab.

Foram três vencedores pelo júri —Ana Fontes (Rede Mulher Empreendedora), Aline Odara (Fundo Agbara) e Robson Melo (Estante Mágica)— e dois pela Escolha do Leitor —Fernando Rangel (Refúgio 343) pelo número de votos e Bruno Sindona (Sindona) pelo volume captado.

Cris Guterres e Bruno Gagliasso foram mestres de cerimônia do Prêmio Empreendedor Social 2023 - Jardiel Carvalho/Folhapress

A primeira a erguer o troféu foi Aline Odara, cofundadora do Fundo Agbara, vencedora na categoria Soluções que Inspiram, com um dos primeiros fundos de investimentos para mulheres negras do Brasil.

"Se não fossem as políticas de ações afirmativas não estaríamos aqui", disse Odara ao receber o troféu entregue por Silmara Olivio, líder de Assuntos Públicos, Comunicação e Sustentabilidade do Cone Sul e Brasil da Coca-Cola Company.

Criado durante a pandemia para fortalecer pessoas que enfrentavam diversas crises, o mecanismo segue distribuindo recursos materiais e financeiros com apoio de uma rede de doadores.

Concorreram na mesma categoria Ananias Viana e Jucilene Jovelino (Rede Cidadania Quilombola) e Fernando Rangel (Refúgio 343).

Na sequência, Ana Fontes subiu ao palco como vencedora da categoria Inclusão Social e Produtiva. A alagoana lidera a Rede Mulher Empreendedora, maior plataforma de empoderamento feminino do país, e o instituto que gera renda para vítimas de violência.

O Instituto Rede Mulher Empreendedora beneficiou mais de 11 milhões de mulheres desde sua fundação e repassou R$ 40 milhões em microdoações a empreendedoras e ONGs.

"Estou super emocionada. Sou uma mulher de origem negra, nordestina, 50 mais e criada na periferia de Diadema. Não faço nada sozinha, tem um grupo grande de mulheres comigo", disse ela ao receber o troféu das mãos de Daniela Sartorato, gerente de Marca e Relacionamento da Vedacit.

Na categoria Inclusão Social e Produtiva concorreram Saville Alves (Solos) e Raíssa Kist (Herself).

Robson Melo, da Estante Mágica, foi o terceiro vencedor da noite, na categoria Inovação para o Século 21.

O carioca estimula estudantes a escrever livros na plataforma educacional gratuita. Em parceria com 7.000 escolas no país, a edtech democratiza o processo de escrita e aprendizagem. Já foram 2,5 milhões de livros publicados.

"Gente é história. E a gente veio aqui para celebrá-las. Agradeço a todos que vêm transformando a vida dessas crianças", disse ele ao receber o troféu entregue por Judith Brito, superintendente da Folha.

Bruno Sindona (Sindona) e João Piedrafita e Rodrigo Belli (Água Camelo) concorreram com Robson Melo na categoria Inovação para o Século 21.

Na categoria de voto popular, a Escolha do Leitor, onde concorrem os 9 finalistas, foram dois vencedores. Fernando Rangel, da ONG Refúgio 343, mobilizou 59% dos votos do público, sendo a mais votada na plataforma online.

"É um dos momentos mais importantes da nossa história e vamos honrar esse prêmio", disse Rangel, que chamou ao palco toda a equipe da ONG.

"O Refúgio 343 vai crescer para baixo, fincar raízes, para um dia vencermos essa crise humanitária da Venezuela, que é a maior do mundo e poucos sabem disso."

E Bruno Sindona, da incorporadora Sindona, venceu no volume de doações, com R$ 24 mil captados e direcionados para a ONG Cidades Invisíveis.

No total, a plataforma arrecadou R$ 32.555 entre todas as finalistas.

"Um lar se constrói com coisas intangíveis, como auto-estima e vontade de pertencer. Precisamos entender nosso planeta como uma casa única, onde todos tenham dignidade e possam se desenvolver", disse Bruno Sindona no palco, ao lado do pai.

Ambos receberam o troféu das mãos de Felipe Antunes, diretor de operações da Doare.

Entre os jurados estão empreendedoras sociais reconhecidas como a ex-ministra do Esporte Ana Moser, à frente do Instituto Esporte Educação, e Jeroo Billimoria, fundadora do Catalyst 2030, movimento global para aceleração dos ODSs (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da Agenda 2030 da ONU.

Aceitaram também o convite para avaliar o perfil dos 9 finalistas e o impacto de suas iniciativas representantes do mundo corporativo, como Marta Pinheiro, diretora-executiva ESG da XP Investimentos e Young Global Leader, uma das comunidades do Fórum Econômico Mundial.

A celebração teve plateia cheia, composta principalmente por atores do ecossistema de impacto social de todo o Brasil.

No mesmo dia, os empreendedores sociais das 9 iniciativas finalistas participaram de um almoço na sede da Folha. Parceiros e patrocinadores desta edição também foram convidados.

O Prêmio Empreendedor Social tem patrocínio de Gerdau, Ambev, Coca-Cola, Instituto Liberta, Vedacit, CNI/Sesi/Senai e VR. Conta também com apoio da Porto e parceria estratégica de Ashoka, ESPM, Fundação Dom Cabral, Pacto Global, Prosas, SBSA Advogados e UOL, além de 15 parceiros institucionais e 7 de divulgação.

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