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ONG atende 600 crianças mensalmente
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DE SÃO PAULO
Com gastos que giram hoje em R$ 93.965 por mês, bancados pela Prefeitura de São Paulo (por meio do projeto Enturmando) e com as parcerias mantidas com a Cesp e a Sabesp, o Circo-Escola Águia de Haia consegue trabalhar hoje com cerca de 600 crianças no projeto Gerando Talentos.
Carro-chefe da instituição na Cidade AE Carvalho, a escola de circo ensina todas as arte do picadeiro. De lá saem malabaristas, trapezistas, monociclistas, solistas, palhaços, enfim, tudo o que move a magia de um circo.
Alexandre Shinoda/Folhapress |
Aula de informática no circo-escola |
"As aulas são dadas aqui mesmo sob a tenda. Primeiro, a gente, com brincadeiras técnicas, identifica a aptidão da criança, seja para as oficinas de circo, seja para o teatro, seja para a dança. Depois, é só deixar que elas vão descobrindo outro mundo", diz o professor Gerson Lamberti.
Segundo ele, as crianças e os adolescentes, que sempre recebem lanche antes de iniciar as aulas, seja às 8h ou às 13h, e no intervalo delas, pela manhã ou à tarde, permanecem no Circo-Escola por muito mais tempo do que realmente é a duração do curso (1 ano) e geralmente saem de lá profissionais do setor.
"A gente vê que a mãe traz a criança, às vezes, por não ter onde deixá-la. Ao mesmo tempo que conseguimos manter as crianças longe dos perigos das ruas e das drogas, elas acabam por transformar suas histórias aqui", diz Lamberti, que também lamenta o fato de às vezes alguns pais, para punir os filhos, acabam impedindo que eles compareçam ao Circo-Escola.
Dos muitos alunos que saíram dali para fazer carreira, como as gêmeas Gisele e Gabriele Souza Santos e outros que acabaram no Cirque du Soleil, há os alunos que começam no circo, onde há quatro disciplinas em andamento --cada criança pode fazer até duas simultaneamente, em dias alternados da semana--, e acabam na oficinas do Manancial de Produção, como a de informática.
"Como não há limite de tempo, a criança pode ficar nas aulas de circo, capoeira, teatro dos cinco aos 18 anos, sempre se especializando, aprendendo algo novo, desde técnicas diferentes de uma arte circense até o trabalho com a própria higiene. A única restrição é que, quando completa 17 anos e 11 meses, ele deve partir para os cursos de informática ou outros do Manancial de Produção", explica o encarregado administrativo Mike Cristiano Silva dos Santos.
Este é o caso de Marcio Pereira dos Santos, 18, que, depois de passar por toda a temática circense, hoje tem aulas de informática, no desenvolvimento de software. "É legal estar aqui. A gente sempre está aprendendo algo para usar na vida", explica.
Ao todo cerca de 38 mil crianças já viveram parte de suas histórias lá, o que ajuda o Circo-Escola Águia de Haia, seja numa simples aula de cambalhota ou nas corriqueiras apresentações que ocorrem às sextas-feiras, a ser, simplesmente, diferente.
(CRISTIANO CIPRIANO POMBO)
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