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Estudantes compartilham bicicletas na USP
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CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DE SÃO PAULO
Mal completou uma semana, e o projeto de compartilhamento de bicicletas da USP já tem sacudido a vida acadêmica. De 87 inscritos na inauguração, no último dia 4 de maio, a iniciativa ostenta 286 participantes. Isso tudo com apenas quatro bicicletas disponibilizadas para ajudar a cumprir os 600 metros que separam os prédios do Biênio e o da Mecânica na Escola Politécnica.
São nesses dois prédios que estão instaladas as duas estações do projeto-piloto desenvolvido pelos engenheiros mecatrônicos Mauricio Villar e Maurício Matsumoto.
Batizado de PedalUSP e inspirado nos sistemas usados na França, onde os dois mentores do projeto fizeram parte de suas graduações, o projeto consiste em aliar tecnologia, eletrônica e mecânica para suprir uma carência de todo o campus da universidade.
Divulgação |
Aluno acessa sistema para compartilhamento de bicicleta na Cidade Universitária |
"A gente tem desenvolvido o projeto desde 2008, 2009. Juntamos tecnologia para desenvolver o software, com base no que vimos na Europa, para gerenciar e controlar o sistema, com eletrônica e mecânica, fundamentais nas estações, que dispensam a presença de um atendente", explica Villar.
Segundo ele, o sistema automático, apresentado como trabalho de conclusão de curso, tem como objetivo sanar o problema de transporte na USP. "As estações que temos hoje e o projeto para as demais envolvem distâncias longas para ir a pé e cumpri-las mais de uma vez, em idas e voltas constantes, e curtas para ir de carro", conta Villar, explicando que o sistema de ônibus circulares já não supre a demanda.
Fácil e simples, além de ser gratuito, o sistema pode ser utilizado com o cartão de acesso à universidade, após cadastro no site www.usp.br/pedalusp.
Ao mesmo tempo em que testam o sistema e coletam opiniões de seus usuários, os criadores do sistema, que até montaram uma empresa (CompartiBike), correm para evitar a superlotação do PedalUSP --cada usuário pode ficar com a bicicleta por no máximo 20 minutos. Isso porque cerca de 400 alunos frequentam diariamente os dois prédios em que o projeto opera, o que representa cem estudantes para cada bike.
A corrida envolve a busca por parceiros já que, para implantar o sistema em toda a universidade, com mais oitos estações e 96 bikes, o custo gira entre R$ 500 mil e R$ 600 mil.
Além do apoio interno, a iniciativa, diz Villar, também foi aprovada por especialistas e engajados na luta pelo uso de bicicleta, como o CicloCidade, o Instituto CicloBr e o CicloRotas.
"É um projeto sem contraindicação. A ideia é ter 500 bicicletas na USP e que seja o principal meio de transporte. E, como a USP é um retrato dos problemas da cidade, quem sabe no futuro não possamos levar o PedalUSP para fora do campus?", diz Villar.
PedalUSP
Funcionamento: de segunda a sexta, das 7h às 20h
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