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Gols de brasileiro dão fama a time do Chipre na Champions
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RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO
Jovem brasileiro pouco aproveitado no Atlético-MG vai tentar a sorte na Suécia, vira goleador no futebol escandinavo, agarra a chance em um campeonato mais expressivo e chega à seleção.
Com exceção da ainda inalcançada convocação para o time nacional, a trajetória do artilheiro e destaque brasileiro da Copa dos Campeões lembra muito a de Afonso Alves, centroavante que passou pela seleção e se tornou piada durante a era Dunga.
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Sakis Savvides/France Presse | ||
Aílton comemora gol na vitória de 2 a 1 do Apoel sobre o Porto, atual campeão da Liga Europa |
Ex-companheiro do hoje jogador do Al Rayyan, do Qatar, na base do Atlético e sucessor dele no ataque do sueco Örgryte, o mineiro Aílton José Almeida conseguiu fazer de um time do Chipre (120º no ranking da Fifa) a sensação do torneio interclubes mais glamouroso do mundo.
Líder de um grupo que reúne três equipes recentemente campeãs da Liga Europa (Porto, Zenit e Shakhtar Donetsk), o Apoel Nicósia só precisa de um empate contra o Zenit, na próxima rodada, para colocar seu país pela primeira vez nas oitavas de final.
Aílton é responsável por boa parte dessa proeza. Fez quatro gols nas preliminares da Copa dos Campeões e mais três na fase de grupos. Nenhum brasileiro balançou tanto as redes quanto ele.
"Nosso ponto forte é que todos estão vivendo um sonho. E, em um sonho, não dá para saber qual é o limite", disse o atacante, 27, à Folha.
Um sonho que, para ele, foi escrito por linhas bem tortas. Aos 19 anos, sem perspectiva no Atlético-MG, foi ocupar a vaga de Afonso no Örgryte.
Assim como o antigo parceiro, logo descolou uma transferência para um dos clubes mais fortes da região (o Copenhague pagou quase 3 milhões para transformá- -lo na contratação mais cara da história da Dinamarca).
Mas enquanto Afonso usou o Malmö como ponte para o Heerenveen, o futebol inglês e a seleção, Aílton perdeu terreno. E só conseguiu ganhar destaque internacional quando foi para o então desconhecido Chipre, no ano passado.
"Sempre tive o sonho de jogar na Europa. Não foi do jeito mais famoso. Mas consegui o que não parecia realidade: disputar uma Champions e levar um time à liderança".
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