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Palmeiras aumenta receitas, mas dívida sobe para R$ 240 mi
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THIAGO BRAGA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Se dentro de campo a situação do Palmeiras ainda é claudicante, com o clube não conquistando títulos desde 2008, fora dele a perspectiva é boa, mas ainda demanda cuidados.
Um estudo feito pela consultoria Pluri em cima dos dados do balanço de 2010 divulgado pelo Palmeiras, aponta que o clube conseguiu reduzir em 16% as suas despesas no ano passado, mas mesmo assim a dívida aumentou 8%, passando de R$ 222,2 milhões para R$ 240,7 milhões.
Segundo Fernando Pinto Ferreira, sócio-diretor da empresa, isso se deve por causa das despesas financeiras, como juros e tributos, que oneraram o clube em R$ 28 milhões.
O balanço patrimonial apresenta um aumento considerável na receita com os direitos federativos, que saltou de R$ 4,8 milhões em 2010, para R$ 12, 8 milhões em 2011. Esse número foi turbinado pelas vendas do lateral esquerdo Gabriel Silva para a Udinese, da Itália, e do atacante Kleber, que foi para o Grêmio.
Só que o rendimento que mais cresceu no período em questão foi o marketing, turbinado em grande parte pelo contrato de patrocínio entre o time e a montadora italiana Fiat. Contribuíram também os patrocínios pontuais. Com isso, o ganho do clube saltou de R$ 18,7 milhões para R$ 44,5 milhões.
Mas em um aspecto o clube teve uma perda considerável. Sem poder jogar no Parque Antarctica desde meados de 2010, o Palmeiras perdeu a sua receita com bilheteria, que caiu de R$ 14,8 milhões para R$ 12 milhões.
Fernando Pinto Ferreira ressalta que o Palmeiras está no caminho certo, tanto que obteve um lucro operacional em 2011 de R$ 4 milhões --arrecadando R$ 146 milhões e gastando R$ 142 milhões. Em 2010, esse item apresentou prejuízo de R$ 49 milhões.
O diretor jurídico do Palmeiras, Piraci de Oliveira, confirmou os dados do estudo, mas afirmou que o aumento da dívida se deve pelo lançamento da antecipação da Rede Globo como dívida e não como receita. Porém, ele não disse quanto o clube antecipou da emissora carioca.
"A dívida é muito grande e demandará alguns anos para ser sanada. Difícil prever, mas a situação está controlada pelo aumento das receitas de patrocínio", declarou o dirigente, falando que a dívida do Palmeiras "é certamente a menor dentre os grandes clubes."
Piraci fez ainda uma ressalva importante para os torcedores. Disse que a dívida não impede o clube de montar bons times. Mas o gerente de futebol do Palmeiras, César Sampaio, vem alegando que as receitas estão comprometidas e por isso o clube depende parceiros para fazer contratações.
"Se depender do caixa do Palmeiras, dificilmente traremos grandes nomes, mas temos a opção de investidores e também a opção do empréstimo", disse Sampaio. Com isso, chegaram do Oeste Fernandinho e Mazinho, ambos por empréstimo.
O Palmeiras, para poder ter mais dinheiro, negociou de cinco jogadores nos últimos 20 dias. São eles: Gerley, Tinga, Fernandão, Pedro Carmona e Chico. Os dois primeiros saíram por empréstimo e os três últimos foram cedidos em definitivo. O clube espera nos próximos dias concretizar a saída de Ricardo Bueno.
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