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12/06/2012 - 19h32

Com tragédia familiar nas costas, herói polonês fala em caráter

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THIAGO BRAGA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quem vê um confiante Jakub Blaszczykowski desfilando força, potência e liderança na Eurocopa, envergando a tarja de capitão da anfitriã Polônia, não imagina as dificuldades que ele enfrentou.

Janek Skarzynski/France Presse
Blaszczykowski festeja o gol contra a Rússia que deu o empate para Polônia
Blaszczykowski festeja o gol contra a Rússia que deu o empate para Polônia

Aos 11 anos, quando já treinava nas categorias de base do Rakow Czestochowa, ele presenciou o pai, Zygmunt, matar, a facadas, a sua mãe, Anna, depois de uma crise conjugal. Julgado, foi sentenciado a 15 anos de prisão. Kuba, apelido do jogador, e o irmão, Dawid, passaram então a serem criados pela avó materna. Ele dedica a ela todo o seu sucesso. E não tiveram mais contato com o pai.

"Estou realmente satisfeito com este jogo. Nós mostramos o caráter que nós temos. Acredito que possamos nos classificar para as quartas de final", afirmou Blaszczykowski (leia-se blazicovisqui).

O tio famoso, Jerzy Brzeczek, ex-capitão da seleção polonesa que conquistou a medalha de prata na Olimpíada de Barcelona, em 1992, o encorajou a seguir em frente na carreira, sem desistir.

Os irmãos Blaszczykowski não tiveram mais contato com o pai, até o mês passado. Em maio a federação polonesa comunicou que seu capitão se atrasaria na apresentação à seleção que se preparava para a Euro. Kuba alegava razões pessoais. Foi presenciar o enterro do pai, que morreu aos 56 anos de idade.

Nesta terça-feira, foi um chute dele, no ângulo, que impediu a derrota da Polônia frente à Rússia e resgatou o time de uma provável desclassificação ainda na primeira fase. Assim como um dia ele e o irmão foram resgatados pela avó e o tio famoso.

 

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