Última nos 200 m livre, nadadora africana de 14 anos se inspira com torcida

"Inspirar uma geração" é o slogan oficial dos Jogos Olímpicos de Londres e a nadadora Aurelie Fanchette, de Seychelles, é o melhor exemplo disso.

Com 14 anos e já uma veterana dos campeonatos de 2011, a africana foi a competidora mais devagar dos 200 m livre na segunda-feira, mas seu tempo -- 2min49s -- não foi realmente o que importou, mesmo se tivesse sido um recorde pessoal.

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Ela pode até ter chegado mais de 26 segundos depois da detentora do recorde mundial, a italiana Federica Pellegrini, e estar a 20 metros da borda quando todos já haviam terminado a prova, mas ninguém duvidou de sua determinação. Os gritos da multidão a apoiavam enquanto ela abria um sorriso no rosto ao nadar os últimos metros e completar seu trabalho.

	Dennis M. Sabangan/Efe
	Aurelie Fanchette, de Seychelles, compete nos 200 m livre. A nadadora de 14 anos foi a última a chegar na prova

"É ótimo, é simplesmente algo do que se orgulhar. Como dizem os britânicos, é inspirar uma geração", disse a seichelense, falando com a postura e confiança de alguém muito mais velho.

"Estar aqui é realmente o melhor do melhor, eu me sinto realmente orgulhosa e instigada. Tantas coisas passam pela minha cabeça, mas é simplesmente incrível estar aqui entre tantas grandes nadadoras. É ótimo saber que terão pessoas ali que lhe darão apoio não importa sua idade. É realmente inspirador para mim, uma nadadora de 14 anos, sabendo que há uma multidão torcendo por você e desejando o melhor na sua prova", afirma.

Muitos deles ficam inspirados e maravilhados. Assistir a nadadores-modelo como o americano Michael Phelps, o maior campeão olímpico de todos os tempos com 14 medalhas de ouro, é uma coisa. Já ver alguém tão jovem competindo na mesma piscina é algo completamente diferente.

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Além de Fanchette, há mais um nadador de Seychelles na Olimpíada de Londres, de 19 anos.

Em casa, uma ilha no oceano Índico, paraíso turístico de águas cristalinas com palmeiras à beira da praia, na costa leste africana, ela vai a uma escola internacional com aulas em inglês e francês e tem a opção de piscinas de 25 m e 50 m para treinar.

"Treino todos os dias, então estar aqui realmente compensa meu trabalho duro", diz.

"É a minha primeira Olimpíada e eu realmente espero voltar. É algo que me faz olhar para frente e pelo qual vale a pena trabalhar. Acredito que seja simplesmente sair por ai e me divertir".