Ano que vem vou trabalhar, afirma Dunga

Dunga ainda não definiu o que vai fazer no futuro, se vai assumir algum clube ou seleção no ano que vem, mas deixou claro: "Ano que vem seguramente vou trabalhar", afirmou, sem especificar qual o time, o momento ou até mesmo o país.

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O Internacional, onde foi revelado e se tornou ídolo, é o time mais cogitado no momento. O clube gaúcho está sem técnico depois de ter demitido Fernandão na última terça-feira.

Ele está parado desde que fez seu único trabalho, no comando da seleção brasileira, que terminou na Copa-2010. E não descarta voltar, embora ache impossível, até pelo retrospecto do cargo.

	Zé Paulo Cardeal/Divulgação TV Globo
	Dunga e o humorista Marcelo Adnet participam do programa 'Altas Horas'

"A seleção você não escolhe, é convocado. Chegar uma vez é um sonho, duas é quase impossível, se chamar não tem problema, vou de novo", admitiu nesta quinta-feira, em São Paulo, onde esteve para a gravação do programa Altas Horas, da TV Globo.

O retorno se tornou possível para ele porque o presidente da CBF não é mais Ricardo Teixeira, que deixou o cargo no começo deste ano, e com quem ele havia dito que não voltaria a trabalhar.

O ex-jogador ainda deu sua opinião sobre os problemas que envolvem a construção de uma seleção mais consistente, direcionado para a Copa-2014.

"O problema do Brasil é que não tem seleção olímpica. Os europeus jogam ano todo, tem seleção sub-17, sub-19, e aqui a mentalidade é renovar o time principal. O Brasil apressa as coisas, tem esse defeito, apressa as coisas e lança jogadores com 17 anos. Aí quem paga é a seleção", afirmou.

Dunga demonstrou ainda acreditar que o Mundial no Brasil será um grande evento, porque as pessoas farão o evento acontecer.

"A culpa não é da Copa. Se o dinheiro for mal empregado, é outra coisa. Segurança, estradas, telefonia, é outro caso. A Copa do Mundo é [algo] bom, não vai estar tudo pronto. Quem vai fazer a diferença somos nós, torcedores, nós vamos tapar os furos, vai ser uma festa, uma coisa boa", completou.