Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
04/02/2013 - 19h17

Brasileiro suspenso por manipular partidas ainda espera voltar a jogar

Publicidade

RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

José Joelson Inácio, 29, reage sem nenhum espanto à descoberta de uma rede de manipulação de resultados espalhada por quatro dos cinco continentes da Terra e divulgada nesta segunda-feira pela polícia europeia.

"É assim mesmo. Eles estão em todos os lugares. Na Inglaterra, apostam até em corrida de formiga. Mas isso é uma bomba", afirma.

Maurizio Lagana - 24.jul.09/Getty Images
Joelson quando ainda defendia o Reggina, da Itália
Joelson quando ainda defendia o Reggina, da Itália

O brasileiro sabe bem como funciona o esquema que preocupa o mundo do futebol. É por ter se envolvido nele que o atacante só poderá voltar a jogar profissionalmente a partir de fevereiro de 2015.

Joelson cumpre desde setembro dois anos e meio de suspensão dada pela Justiça esportiva italiana por ter participado da máfia de fabricação de placares no Calcio.

O jogador, que atuava nas divisões inferiores, é réu confesso em dois casos no começo de 2010, quando defendia o Grossetto, na Série B.

Ele admitiu ter tentando comprar o goleiro da Ancona para perder de propósito e, por uma bolsa de € 20 mil (R$ 53,8 mil), inferior a seu salário, ter encomendado uma derrota do time que defendia para a Reggina, então dona dos seus direitos federativos.

Agora, impossibilitado de jogar e de volta a Bérgamo, norte da Itália, depois de passar férias em Minas Gerais, sua terra natal, pensa na reconstrução da sua vida.

O atacante estuda proposta de empresários para trabalhar como um tipo de "faz tudo" de jogadores brasileiros recém-chegados ao país.

Suas tarefas iriam de atuar como intérprete dos atletas nos clubes, ajudá-los a se adaptar a uma nova cultura e até dar conselhos sobre o ambiente do futebol na Itália, onde vive desde os 13 anos.

"Para um jogador, a coisa mais fácil é colaborar com algum empresário. Mas não sei ainda se quero isso. Tenho esperança que reduzam minha pena. Quero voltar a jogar."

Enquanto espera um possível novo julgamento e não mergulha em uma nova carreira, Joelson vive das economias que fez durante a carreira e do salário de sua mulher.

"É pouco, mas dá para pagar a escola dos filhos."

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página