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08/02/2013 - 12h03

Após contratar atletas muçulmanos, sede de time israelense é alvo de incêndio criminoso

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DA EFE, EM Jerusalém

A sede do clube Betar Jerusalém foi alvo de um incêndio criminoso na madrugada desta sexta-feira, segundo as investigações preliminares realizadas pela polícia que está colhendo pistas sobre diversos suspeitos.

"Foi registrado um ataque contra a sede da equipe em Jerusalém que causaram danos extensos. Abrimos uma investigação e chegamos à conclusão de que o incêndio foi criminoso e agora estamos buscando vários suspeitos", declarou o porta-voz da polícia israelense, Miki Rosenfeld.

O incêndio foi iniciado no escritório do superintendente do clube, Meir Harush, e atingiu a sala de troféus do clube.

Harush se mostrou consternado após saber dos graves danos causados e lamentou que os autores do crime "acabaram com a história do Betar. Como alguém pode fazer algo assim? É horrível", disse o dirigente ao site "Ynet".

O fato acontece depois que torcedores da equipe protestaram contra a equipe porque havia contratado dois jogadores muçulmanos de origem chechena.

O incidente aconteceu durante uma partida contra o Bnei Yehuda de Tel Aviv, quando vários torcedores protestaram com cartazes racistas, nos quais criticavam os responsáveis da equipe por não manter o "Betar puro para sempre".

Esses comentários deram início a uma onda de protestos entre políticos, torcedores e o mundo do esporte que acabou com a detenção de seis torcedores do Betar sob suspeita de serem os autores de atos racistas e incitarem à violência durante a partida.

Abir Sutan/Efe
Meir Harush, membro do conselho do Betar Jerusalém, mostra objetos do clube queimado
Meir Harush, membro do conselho do Betar Jerusalém, mostra objetos do clube queimado

Quatro deles foram acusados na quinta-feira, segundo explicou o porta-voz policial, que acrescentou que as forças de segurança trabalham em cima do fato visando a partida de domingo entre o Betar e a equipe árabe Bnei Sajnín.

"Obviamente estamos trabalhando em cima da situação e como domingo está próximo, estamos desenvolvendo métodos para garantir a segurança antes, durante e depois da partida", afirmou Rosenfeld.

O chefe de polícia do Distrito de Jerusalém, Yosi Pariente, o Procurador-geral adjunto, Eli Abarbanel, e os responsáveis pelo Betar Jerusalém analisam vias para combater o racismo.

Recentemente, o presidente de Israel, Shimon Peres, pediu à Associação de Futebol israelense que tomasse medidas o mais rápido possível para pôr fim à xenofobia nos campos.

"O racismo impera sobre o povo judeu mais forte que em qualquer outra nação no mundo, mas estou convencido que todo país está comovido por este fato e não aceitará mais situações como essa", disse Peres.

 

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