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04/03/2013 - 17h20

Obra dos Jogos de Inverno entorta casa e aumenta crise na Rússia; veja fotos

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DA REUTERS

Uma obra para a construção de um túnel acabou deixando uma casa em Sochi torta, neste domingo. As fotos foram divulgadas nesta segunda-feira.

O imóvel de três andares foi interditado e aumentou ainda mais as polêmicas que envolvem os Jogos Olímpicos de Inverno na cidade russa.

A Olimpíada na Rússia será realizada de 7 até 23 de fevereiro de 2014.

CRISE

No começo de fevereiro, Vladimir Putin demitiu uma autoridade olímpica russa depois de ridicularizá-la publicamente em uma visita a complexos esportivos inacabados, planejados para uma Olimpíada de inverno prejudicada por corrupção e atrasos na construção.

Ivan Sekretarev-7.fev.2013/Associated Press
O presidente da Rússia, Vladimir Putin
O presidente da Rússia, Vladimir Putin

A humilhação de Akhmed Bilalov, 42, estampou a autoridade do presidente Putin nos Jogos de Sochi 2014 e destacou a importância que ele dá a um evento global que, ele espera, mostrará até onde a Rússia chegou desde o colapso da União Soviética, em 1991.

Em uma performance clássica, Putin ficou zangado ao ouvir os custos crescentes e os atrasos na construção do complexo de salto de esqui no qual Bilalov estava envolvido.

Com o rosto sério e sarcástico, Putin censurou sem cerimônia Bilalov em frente a câmeras de televisão no resort de Sochi, no Mar Negro, e então o demitiu do cargo de vice-presidente do Comitê Olímpico da Rússia.

"Como é possível que o vice-presidente do Comitê Olímpico esteja atrasando o desenvolvimento?", perguntou Putin depois de visitar, no começo de fevereiro, Sochi, que se transformou em um enorme canteiro de obras, com carcaças de prédios inacabados.

Com Bilalov contorcendo-se no fundo, ele acrescentou: "Bem feito. Você realmente está trabalhando bem".

A demissão de Bilalov eclipsou um dia de comemorações, quando a Rússia revelou enormes relógios no formato de diamantes em Moscou, Sochi e em outras seis cidades que contam os dias, horas, minutos e segundos para a abertura dos Jogos, daqui a um ano.

O vice-primeiro-ministro Dmitry Kozak deixou claro que Bilalov também deve perder o posto na diretoria dos Resorts do Norte do Cáucaso, uma empresa estatal criada para desenvolver resorts de luxo.

"Pessoas que não cumprem suas obrigações em tal escala não podem liderar o movimento olímpico em nosso país", disse Kozak a repórteres em Sochi, um destino turístico popular para os russos no verão e no inverno.

COMEMORAÇÕES OFUSCADAS

Em Sochi, grandes áreas estão cercadas no centro da cidade e muitas estradas estão fechadas.

O resort de ski Krasnaya Polyana ainda é uma desordem de cercas, guindastes, caminhões e prédios inacabados. Há pouca neve, mas muita lama.

Putin tinha chegou a alertar as autoridades a não deixarem a corrupção elevar os custos dos Jogos, que devem chegar a US$ 50 bilhões, ou cinco vezes mais do que as estimativas iniciais. Isso tornará o evento o mais caro até agora.

A Olimpíada é uma prioridade para Putin em seu terceiro mandato como presidente, uma chance de mostrar que a Rússia é uma democracia moderna, capaz de organizar eventos globais, 13 anos depois que ele subiu ao poder.

 

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