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26/03/2013 - 19h04

Seleção brasileira mostra preocupação com reação da torcida no país

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MARTIN FERNANDEZ
ENVIADO ESPECIAL A LONDRES

A partir do fim de abril, a seleção volta a ser brasileira. O time da CBF vai fazer três amistosos em três dos palcos mais tradicionais do país, para em seguida encarar a Copa das Confederações.

E tanto comissão técnica quanto jogadores estão preocupados com eventuais reações da torcida, que não costuma ser exatamente tolerante com as atuações da seleção.

O Brasil vai enfrentar o Chile em Belo Horizonte (24 de abril), a Inglaterra no Rio de Janeiro (2 de junho) e a França em Porto Alegre (9 de junho). Nestes dois últimos já com o time convocado para a torneio que serve de teste para a Copa do Mundo de 2014.

Também joga contra o fato de o Brasil não ter vencido ainda sob o comando de Luiz Felipe Scolari --desde que ele voltou, o time soma uma derrota para a Inglaterra e empates diante de Rússia e Itália.

Felipão não perde uma chance de pedir apoio da torcida para os amistosos e o torneio que serão disputados no Brasil. O técnico sonha em repetir o ambiente que viveu em Portugal antes e durante a disputa da Euro-2004, em que levou o time da casa ao vice-campeonato.

Entre os jogadores, a preocupação é a mesma. "A torcida tem que entender, se for para vaiar, que vaie no final, depois do jogo", pediu o zagueiro Thiago Silva na noite de segunda-feira, após o empate diante da Rússia.

David Luiz, companheiro de defesa, lembra com tristeza das partidas que fez em território nacional com a seleção. "Doeu ser vaiado no meu país, porque tenho orgulho de defender a seleção."

Desde a Copa de 2010, a equipe da CBF jogou seis partidas no Brasil. Só não foi vaiado em duas: na vitória por 2 a 0 sobre a Argentina em Belém, em 2001, pelo primeiro Superclássico das Américas, e na goleada de 8 a 0 sobre a China em Recife, no ano passado.

Soma-se a isso a pouca experiência em estádios brasileiros de uma boa parte do time de Luiz Felipe Scolari --sobretudo entre os que atuam na Europa.

Daniel Alves, David Luiz, Dante, Filipe Luis, Oscar, Diego Costa, presentes na última lista do treinador, saíram do Brasil com menos de 21 anos.

Mesmo os mais experientes, como Kaká, Thiago Silva e Júlio César, construíram a maior parte de suas carreiras no futebol europeu.

Entre os que atuam no Brasil, também predomina a pouca rodagem. Nesse contexto, Felipão trata de mimar e de tirar o peso das costas de Neymar.

"Sempre diziam que era ele sozinho quem tinha que decidir. Agora há outros, aqui ele é mais um, que joga para o time, para o coletivo", diz o técnico.

A favor de Felipão, uma lembrança. O último jogo da seleção em território nacional foi contra a Argentina, em Goiânia, no segundo Superclássico das Américas. A torcida vaiou sem parar o time de Mano Menezes, e pediu: "Volta, Felipão".

 

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