Após boa estreia, Bellucci se vê favorito contra Andujar

Em seu primeiro jogo como cabeça de chave em um Grand Slam, Thomaz Bellucci foi perfeito taticamente.

A opinião é do técnico João Zwetsch. "Foi mais tranquilo do que a gente esperava. Ele se manteve consistente o tempo inteiro e foi bem no saque e na devolução. Foi perfeito taticamente", disse.

A vitória sobre o francês Michael Llodra, 48º do mundo, por 3 a 0 (6/4, 6/2 e 6/2) foi a primeira de Bellucci, 29º do ranking, em três participações em Roland Garros.

Bellucci pega na segunda rodada o espanhol Pablo Andujar, 148º do mundo, que passou pelo qualifying.

E o brasileiro assume a condição de favorito. "Pela diferença de ranking, eu sou favorito, mas o jogo é ali dentro de quadra. E não é fácil enfrentar um franco atirador, que joga solto", afirmou.

"Já treinamos juntos, e ele é o típico espanhol, tem uma direita boa, gosta de pontos longos. Eu vou ter trabalho."

Andujar tem características diferentes das de Llodra, que aprecia mais as quadras rápidas. Desde o começo da partida, o francês, empurrado pela torcida, apostou em saque e voleio, o que já era esperado por Bellucci.

Muito bem nas devoluções, o brasileiro logo conseguiu neutralizar o rival.

"Taticamente sabia que teria que fazer devoluções mais agressivas e consegui encurralá-lo no fundo de quadra."

Obrigado a jogar de maneira que não é a sua preferida, Llodra tinha dificuldade em confirmar seus serviços e não ameaçava os de Bellucci. "Quando as coisas começam a dar errado para um jogador, o outro pega confiança e parece que o jogo só acontece de um lado", disse Llodra.

Bellucci, que nunca passou da segunda rodada de um Grand Slam, fechou em uma hora e 37 minutos.

Para Zwetsch, foi importante o pupilo ter encerrado o jogo de maneira rápida, por se tratar de um torneio em que as partidas são definidas em melhor de cinco sets.