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27/07/2010 - 06h00

Mano ousa e indica esquema mais ofensivo de sua carreira

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DE SÃO PAULO

Por 14 anos, Mano Menezes foi um técnico que privilegiou a competitividade. Nem francamente ofensivo, nem defensivo. Na estreia na seleção brasileira, indicou time mais voltado ao ataque.

Escolheu o esquema com três apoiadores ofensivos atrás de um centroavante --formação da moda entre as equipes europeias.

Fez a primeira convocação sem incluir nenhum volante limitado tecnicamente, símbolos do antecessor Dunga.

Chamou quatro jogadores do Santos, time que mais marcou gols no país em 2010.
Sua postura não chega a representar a volta do futebol-arte. Tanto que Mano elogia a organização tática da seleção brasileira de Dunga.

Mas, sem dúvida, é uma guinada ofensiva em relação ao que se viu na Copa-2010.

"Em clubes, é difícil definir um esquema fixo. Para a seleção, onde se pode escolher jogadores, isso é possível. Gosto mais de jogar com o 4-2-3-1", explicou. "O futebol é cíclico. Antes, tirávamos os atacantes. Agora, estamos devolvendo."

Na Libertadores de 2006, o Grêmio de Mano tinha Diego Souza, Theco e Carlos Eduardo atrás de um centroavante.

Formação similar à do Corinthians, no primeiro semestre de 2009. Eram Jorge Henrique, Dentinho e Douglas que serviam a Ronaldo.

No dois grandes times que dirigiu, o treinador esteve longe de ser um representante do futebol ofensivo.

Sob seu comando, o Corinthians teve média de 1,7 gol marcado em 178 jogos.
Em dois Brasileiros da Série A que disputou, 2006 e 2007, o Grêmio de Mano teve média de 1,42 gol por jogo.

Com todos os jogadores brasileiros ao seu dispor, chamou como volantes Hernanes, Jucilei, Ramires e Lucas. Todos jogaram até como meias em seus times pelas suas qualidades ofensivas.

Responsável por 129 gols no ano --média de 2,8 gols por jogo--, o Santos foi quem mais teve convocados: quatro. Ainda no Corinthians, Mano dizia que o rival exibia o melhor futebol no país.

O novo técnico da seleção mostra que seu time ideal é bem mais ousado do que os que comandou até agora.

 

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