Corinthians quer evitar que sua festa de aniversário vire palanque político

O Corinthians quer evitar que sua festa de aniversário, hoje, vire palanque político.
Por isso, nenhum candidato a qualquer cargo foi oficialmente convidado para o evento, que começa às 19h30, no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estará no palco e discursará, assim como o prefeito Gilberto Kassab (DEM) e o governador Alberto Goldman (PSDB).

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No próprio clube, entre aliados da diretoria, havia o comentário corrente de que a festa também serviria para Lula alavancar a campanha de Aloízio Mercadante ao governo de São Paulo --o petista está atrás do tucano Geraldo Alckmin nas pesquisas.

"Não faz sentido", diz Antônio Goulart, presidente da Comissão do Centenário, que organizou a festa, e também vereador em São Paulo, pelo PMDB. "Se fosse assim, eu mesmo não iria participar, porque meu candidato a governador é o Alckmin."

Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), candidatos à presidência, também não foram convidados porque torcem para outros times, assim como Mercadante e Alckmin.

Antes de participar da festa no Vale do Anhangabaú, o presidente Lula vai visitar o Parque São Jorge, onde será homenageado pelo Clube dos 13. Lula vai receber o título de "chanceler honorário do futebol brasileiro".

O plano da diretoria corintiana é reunir 50 mil pessoas no Vale do Anhangabaú, que será fechado a partir das 17h.

Haverá apresentação de artistas corintianos (Rapin Hood, Exaltasamba, entre outros) e queima de fogos à meia noite. Segundo a organização, haverá 400 policiais militares, 200 seguranças privados e 100 guardas civis --força semelhante à utilizada em clássicos.

Amanhã, haverá a inauguração do novo "marco zero", onde o clube foi fundado, na rua José Paulino, no bairro Bom Retiro, região central de São Paulo. De lá vai partir uma carreta até o Parque São Jorge, onde haverá um "abraço coletivo" na sede do clube.

Em 27 de setembro, o cantor Roberto Carlos, vascaíno, fará show exclusivo para a diretoria e para conselheiros do Corinthians, em local que o clube prefere não divulgar ainda. "Queremos evitar a presença de bicões", disse Goulart.