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Varejão encara Eslovênia para ajudar o sobrecarregado Splitter
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DANIEL BRITO
ENVIADO ESPECIAL A ISTAMBUL
Um sinal de que Anderson Varejão está em forma, pronto para jogar, é quando ele vai para o treino com sua rebelde cabeleira amarrada.
Os treinos do argentino Rubén Magnano são fechados, mas, na terça-feira, pôde-se ver pelo portão de entrada da quadra do ginásio Abdi Ipekçi que o pivô estava com um coque na cabeça e treinava ao lado dos titulares. Nesta quarta-feira, às 15h30, ele finalmente estreia no Mundial de basquete, contra a Eslovênia.
Segundo o médico do Brasil, Carlos Andreoli, Varejão não está 100%, mas atuará por 10 a 15 minutos. "Ele não sente dor para correr ou pular, mas quando gira sobre o pé", explicou Andreoli. "É um guerreiro, segue rigorosamente todas as orientações para poder voltar", elogiou.
O Brasil precisa vencer os eslovenos hoje e os croatas, rivais de quinta-feira, no mesmo horário, para ficar em segundo no Grupo B do Mundial.
Assim, enfrentaria o terceiro do A nas oitavas de final, um adversário mais fácil, teoricamente. Triunfo esloveno fará o Brasil lutar somente pelo terceiro posto.
Jogador brasileiro mais elogiado pelos adversários, Varejão não entrou em quadra nas vitórias sobre Irã e Tunísia e na derrota por apenas dois pontos para os EUA.
Isso sobrecarregou Tiago Splitter. "Se Anderson estivesse em quadra, seria uma ajuda enorme, porque acabei de me recuperar de uma lesão", declarou o pivô, contratado recentemente pelo San Antonio Spurs, da NBA.
No início de agosto, Splitter sofreu um estiramento na coxa esquerda e não jogou alguns amistosos. Mas se restabeleceu para o Mundial.
Mesmo com o atleta, o garrafão, que até uma semana antes do Mundial era o local de maior concentração de talento do Brasil, agoniza. Contra Irã e Tunísia, o ala Guilherme foi o titular como ala-pivô e mostrou-se inconstante. No primeiro jogo, foi o cestinha (17 pontos). No seguinte, fez só dois pontos. Diante dos EUA, Magnano surpreendeu e colocou Marquinhos, que também é ala, mas atua com maior frequência dentro do garrafão.
Ofensivamente, deu resultado, já que Marquinhos marcou 16 pontos. Mas, defensivamente, não conseguiu parar Kevin Durant, estrela norte-americana, responsável por quase a metade dos pontos do rival (27 de 70).
Magnano pouco utilizou as opções que tem no banco. Murilo jogou apenas quatro minutos e JP Batista, seis.
A falta de opção fica clara na análise dos tempos em quadra. Splitter é o décimo do Mundial com mais minutos, com média de 25 por partida. O segundo brasileiro é JP Batista, com 13.
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