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04/09/2010 - 08h02

Herói de 77, Basílio fica fora de homenagem e se diz triste com o Corinthians

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NELSON BARROS NETO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Principal mote da comemoração do centenário do clube, a chamada República Popular do Corinthians foi lançada no início desta semana e, com ela, uma espécie de Constituição oficial da equipe logo ganhou corpo dentro da torcida.

Maria do Carmo/Folhapress
Texto: SÃO PAULO, SP, BRASIL, 07-04-2010: Futebol: João Roberto Basílio, ex-jogador do Corinthians, posa para fotografia em São Paulo (SP). Imagem usada em matéria sobre os 70 anos do estádio do Pacaembu. (Foto: Maria do Carmo/Folhapress)
Ex-jogador também não esteve em festa no Anhagabaú

Na "Carta Magna Corinthiana", foram listados os "princípios fundamentais da nação alvinegra". Dez ao todo. O antepenúltimo, porém, dedicado aos ídolos, suscitou queixa de um deles, nada menos o responsável pelo fim do maior jejum do time em um inesquecível 13 de outubro de 1977.

"Prefiro nem me atrever a falar. Aqueles que eu gostaria de ser valorizado, os torcedores, nunca deixaram de valorizar... Isso tudo é da cabeça deles, respeito, mas é lógico que a gente fica triste, né", diz à Folha o ex-jogador Basílio, que mandou 23 anos de fila para as redes da Ponte Preta, aos 36min do segundo tempo, naquela decisão de Campeonato Paulista.

O texto oficial, que também não cita por exemplo Sócrates --eleito a quarta maior lenda do Corinthians em pesquisa realizada no final de agosto pelo Datafolha--, é assim: "Jamais esqueceremos das glórias alcançadas e muito menos dos nossos heróis: Neco, Luizinho, Baltazar, Gilmar, Rivellino, Biro-Biro (sim, Biro-Biro), Ronaldo, Neto, Marcelinho Carioca e Dida, honrando seus nomes sempre que possível."

Basílio explica que não está pleiteando todas as honras para ele, porém "seria interessante algum tipo de reconhecimento". E, questionado se foi foi convidado para a festa da última terça-feira, quando mais de 100 mil torcedores lotaram o vale do Anhagabaú, concluiu: "Acho melhor nem comentar esse assunto. Assim como não foram o Wladimir, o Sócrates e o Rivellino, eu fui mais um".

FORNECEDORA

Todos os quatro foram procurados, mas apenas Wladimir acabou encontrado pela reportagem. "Realmente, me convidaram, só que não pude comparecer porque estou como secretário de Esporte de São Sebasitão e estamos na semana da Educação Física, inclusive o Neto tinha se comprometido dar palestra, mas não deu por causa do centenário", declarou o ex-lateral, embora sem esconder certa mágoa da diretoria.

"O Corinthians tem dessas coisas. Infelizmente, os dirigentes terminam se equivocando em algumas coisas, mas a gente sabe que o clube é maior que isso. O mais importante são as homenagens da torcida", encerrou.

De acordo com a assessoria de imprensa da equipe, a "República Popular" é uma campanha da Nike, fornecedora do material esportivo corintiano, amparada nos cerca de 30 milhões de alvinegros pelo Brasil --número maior que o de muitas nações do mundo, como indica informativo sobre o projeto. Ela criou certidão de nascimento, documento de identidade, placa de maternidade, passaporte e até moeda personalizada, mas não atendeu à Folha após dois dias de tentativas de entrevista.

 

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