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Para Mano Menezes, Barcelona é modelo dentro e fora de campo
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ROBERTO DIAS
EM BARCELONA
Cinco estrelas no peito, a seleção brasileira se derreteu diante do mais badalado clube do momento, o Barcelona.
Não exatamente dentro de campo, e nem se esperava isso: em um jogo-treino, ontem, o Brasil marcou 3 a 0 em um time que misturou reservas do Barça B (a filial que joga na segunda divisão espanhola) e jogadores juvenis.
Fora do gramado, porém, Mano Menezes não economizou elogios ao Barcelona, origem de 7 dos 11 titulares da Espanha campeã mundial.
"Todos no mundo falam que a melhor escola de futebol que tem é aqui", disse o técnico, para quem o Brasil fez seus cinco dias de treinos "no melhor lugar" possível.
O técnico detalhou o que buscava nos campos do clube catalão: copiar a maneira como o Barcelona ataca a partir do campo de defesa.
"Talvez seja a equipe que melhor faz uma saída de bola. Faz sempre, até com os meninos que a gente assistiu jogar durante a semana. Nós nos propusemos a entender isso", disse ele, em opinião repetida por seus jogadores.
Diante de tanta reverência, o ex-goleiro Zubizarreta, agora diretor do Barcelona, se limitou a brincar: "Eu agradeço".
Quem tem a mais a agradecer, na verdade, é o time brasileiro, que usou a estrutura do clube graças à amizade entre os presidentes da CBF, Ricardo Teixeira, e do clube catalão, Sandro Rosell, que trabalhou pela Nike dentro da seleção nacional.
Essa antiga relação ajudou em dois problemas da confederação: primeiro, o fracasso em encontrar adversários para amistosos, e, depois, a falta de 22 jogadores para treinar, com o corte do lateral Marcelo. O Barcelona liberou Adriano mesmo depois do prazo exigido pela Fifa.
Adriano que, como Daniel Alves, foi ontem observado por seus dois técnicos, o da seleção e o do Barcelona --Guardiola viu grande parte do jogo encostado em um carro atrás de um gol.
O que ele assistiu foi um Brasil jogando de cinza, um de seus uniformes de treino, já que as seleções só podem usar suas camisas regulares em partidas oficiais.
Viu também um Brasil no primeiro tempo e outro no segundo, quando Mano colocou todos os reservas em campo. Na etapa inicial, marcaram Lucas e Pato. Na final, o gol foi do meia Fernandinho. No meio-campo, Philippe Coutinho, mais ofensivo, começou jogando, com Hernanes esperando no banco.
Mano disse que buscava assim manter um sistema tático parecido ao da sua estreia, diante dos EUA, em Nova Jersey. "Eu quero seguir mais tempo nessa linha, com dois homens de lado, e um mais centralizado", afirmou.
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