Publicidade
Publicidade
Carpegiani rejeita rótulo de inventor e fala sobre seca de títulos
Publicidade
LUCAS REIS
DE SÃO PAULO
Em 1999, Paulo César Carpegiani deixou o São Paulo após uma temporada sem conquistas. Após 11 anos, está de volta. Na bagagem, um título estadual da Bahia.
O novo técnico do São Paulo apresentou-se ontem e deu sua primeira entrevista coletiva. Empolgou-se, reclamou, justificou-se, enrolou-se, retratou-se e logo cortou qualquer chance de empolgação do torcedor.
O gaúcho de 61 anos fez questão de mostrar firmeza, apetite e até bom humor.
Mas no fim das contas, revelou uma mágoa com o apelido de Professor Pardal e precisou responder sobre a crônica falta de títulos em seu currículo.
"Título é consequência do trabalho. Talvez em 20 anos eu tenha passado muito tempo fora. Eu trabalho pouco e muitas vezes recebo propostas", disse. "Talvez eu não tenha algum título importante pois tive dificuldades em trabalhar em um grande clube, de ponta, com grandes elencos. Posso usar isso como desculpa, mas não serve."
Desde que saiu do São Paulo, conquistou apenas o Estadual pelo Vitória, no ano passado. O fato é que, após ganhar tudo com o Flamengo em 1981 e 1982, os títulos minguaram. Além da conquista baiana, ganhou um Campeonato Paraguaio em 1994 e classificou o Paraguai para a Copa de 1998.
Ontem, no primeiro treino, criou uma escalação ofensiva. Mas fez um discurso pouco otimista ao torcedor.
"Não existe promessa nenhuma de [vaga na] Libertadores. Nosso objetivo é vencer os jogos", disse o treinador, que deixou o Atlético-PR na quinta colocação antes de assumir o São Paulo, 11º.
"Pesou o lado profissional. A diretoria [do Atlético] sabia dessa possibilidade [de sair do clube], e não colocou objeções", disse. "Acho hipocrisia falar do lado sentimental", completou.
O São Paulo, em seu site oficial, ostenta que seu aproveitamento no clube supera o dos campeões e ídolos Telê Santana e Muricy Ramalho.
Mas o treinador, que perdeu os cinco campeonatos que disputou em 1999, se apegou ao acaso para justificar o retumbante fracasso.
"O São Paulo, podem escrever aí, gostaria de ver isso escrito, terminou a primeira fase do Paulista com uma vantagem expressiva. Até fiquei surpreso quando perdi do Corinthians [por 4 a 0, nas semifinais]", disse.
Na época, ganhou o apelido por causa das invenções que fazia. "Apenas uma vez eu não tinha centroavante e improvisei. Não meço esforços para tentar ganhar."
+ SOBRE ESPORTE
- Felipão é suspenso por duas partidas pelo STJD
- Conmebol marca reunião e pode devolver vaga para o Brasil na Libertadores
- Carpegiani diz que ética no futebol é hipocrisia e chega ao São Paulo sem metas
- Silas diz que saída de Zico contribuiu para a sua queda no Flamengo
- Após "marmelada", Brasil estreia com vitória na 3ª fase do Mundial de vôlei
- Torcida italiana pega no pé dos brasileiros em jogo contra tchecos
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Guga perde processo milionário no Carf e diz que decisão é 'lamentável'
- Super Bowl tem avalanche de recordes em 2017; veja os principais
- Brady lidera maior virada da história do Super Bowl e leva Patriots à 5ª taça
- CBF quer testar uso de árbitro de vídeo no Brasileiro deste ano
- Fifa estuda usar recurso de imagem para árbitros na Copa do Mundo-18
+ Comentadas