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05/10/2010 - 07h07

Carpegiani rejeita rótulo de inventor e fala sobre seca de títulos

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LUCAS REIS
DE SÃO PAULO

Em 1999, Paulo César Carpegiani deixou o São Paulo após uma temporada sem conquistas. Após 11 anos, está de volta. Na bagagem, um título estadual da Bahia.

O novo técnico do São Paulo apresentou-se ontem e deu sua primeira entrevista coletiva. Empolgou-se, reclamou, justificou-se, enrolou-se, retratou-se e logo cortou qualquer chance de empolgação do torcedor.

O gaúcho de 61 anos fez questão de mostrar firmeza, apetite e até bom humor.

Mas no fim das contas, revelou uma mágoa com o apelido de Professor Pardal e precisou responder sobre a crônica falta de títulos em seu currículo.

"Título é consequência do trabalho. Talvez em 20 anos eu tenha passado muito tempo fora. Eu trabalho pouco e muitas vezes recebo propostas", disse. "Talvez eu não tenha algum título importante pois tive dificuldades em trabalhar em um grande clube, de ponta, com grandes elencos. Posso usar isso como desculpa, mas não serve."

Desde que saiu do São Paulo, conquistou apenas o Estadual pelo Vitória, no ano passado. O fato é que, após ganhar tudo com o Flamengo em 1981 e 1982, os títulos minguaram. Além da conquista baiana, ganhou um Campeonato Paraguaio em 1994 e classificou o Paraguai para a Copa de 1998.

Ontem, no primeiro treino, criou uma escalação ofensiva. Mas fez um discurso pouco otimista ao torcedor.

"Não existe promessa nenhuma de [vaga na] Libertadores. Nosso objetivo é vencer os jogos", disse o treinador, que deixou o Atlético-PR na quinta colocação antes de assumir o São Paulo, 11º.

"Pesou o lado profissional. A diretoria [do Atlético] sabia dessa possibilidade [de sair do clube], e não colocou objeções", disse. "Acho hipocrisia falar do lado sentimental", completou.

O São Paulo, em seu site oficial, ostenta que seu aproveitamento no clube supera o dos campeões e ídolos Telê Santana e Muricy Ramalho.

Mas o treinador, que perdeu os cinco campeonatos que disputou em 1999, se apegou ao acaso para justificar o retumbante fracasso.

"O São Paulo, podem escrever aí, gostaria de ver isso escrito, terminou a primeira fase do Paulista com uma vantagem expressiva. Até fiquei surpreso quando perdi do Corinthians [por 4 a 0, nas semifinais]", disse.

Na época, ganhou o apelido por causa das invenções que fazia. "Apenas uma vez eu não tinha centroavante e improvisei. Não meço esforços para tentar ganhar."

 

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