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Rio-2016 desiste de Tony Blair
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SÉRGIO RANGEL
DO RIO
A contratação do ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair como consultor dos Jogos Olímpicos de 2016, disputados no Rio, foi celebrada em janeiro pelos políticos e dirigentes brasileiros.
Oito meses depois, o governo do Estado do Rio desistiu do ex-premiê britânico. Não conseguiu viabilizar financeiramente o pagamento da milionária consultoria.
É a segunda vez que o governador fluminense, Sérgio Cabral (PMDB), anuncia a contratação de um político internacional de renome para ajudar na organização dos Jogos e, depois, desiste.
Em dezembro do ano passado, Cabral disse que o ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, seria contratado para auxiliar o Estado em ações de segurança pública. O norte-americano esteve à frente da Prefeitura de Nova York por dois mandatos (de 1994 a 2002).
De acordo com o governador, a consultoria de Giuliani seria usada também nos Jogos Mundiais Militares-2011 e na Copa do Mundo-2014.
Anunciado como o "grande responsável" pela vitória e pela preparação de Londres para sediar os Jogos de 2012, Blair seria pago com o dinheiro da iniciativa privada, de acordo com Cabral.
Na época, ele informou que já havia entrado em contato com empresas privadas brasileiras antes de ir a Londres. A Rio-2016 arrecadou R$ 37 milhões para a campanha de candidatura com a iniciativa privada (EBX, de Eike Batista, Odebrecht, Embratel, TAM e Bradesco).
Blair recebe cerca de US$ 150 mil (R$ 252 mil) por 50 minutos de palestra. Ele é também assessor do banco JP Morgan Chase (com o qual fatura US$ 2 milhões por ano --R$ 3,36 milhões) e recebe 500 mil libras (aproximadamente R$ 1,33 milhão) anuais do Zurique Financial.
A contratação de Blair pelo Rio foi questionada pelo escritor Paulo Coelho, que integrou a delegação brasileira na Dinamarca, onde o Rio foi escolhido sede dos Jogos, em outubro do ano passado.
O escritor fez as críticas em sua página pessoal no Twitter. Coelho chamou Blair de "irresponsável" e "assassino" e que sentiu vergonha ao ver o ex-premiê recebendo a camisa da seleção brasileira.
"Estamos pagando Tony Blair para assessor da Rio-2016? Um irresponsável que declarou uma guerra ilegal? O que é isso, governador?", questionou Coelho.
No início do ano, o ex-premiê prestou depoimento em Londres a respeito da participação britânica na Guerra do Iraque, em 2003. Ele defendeu a invasão militar do Reino Unido e afirmou que autorizaria novamente a operação, se fosse necessário.
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