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16/10/2010 - 07h00

Brasil se vê fora do pódio no Mundial na ginástica artística

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CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DE SÃO PAULO

A seleção feminina de ginástica artística inicia hoje sua luta para participar pela terceira vez da Olimpíada.

Em Roterdã, na Holanda, onde tem início o maior Mundial de todos os tempos em participação de ginastas --são 572--, o Brasil entra como incógnita e sem expectativa de chegar ao pódio.

Pela primeira vez desde 2004, o país não tem um atleta entre os destaques do torneio --posto que vinha sendo suprido por Diego Hypólito, recém-operado no pé esquerdo. E, no caso do feminino, o Mundial será um duro teste para a seleção, que sofre para encontrar novos talentos.

"A equipe renovou pouco. Mas é que não podemos arriscar agora, isso leva tempo e exige critério. Temos que trazer a melhor equipe que temos e é essa de agora", diz a técnica Viviane Cardoso.

Segundo ela, a seleção visa exclusivamente se colocar entre as 24 melhores do torneio, o que garante vaga no Pré-Olímpico de 2011. Ao todo, 35 equipes atuam no feminino, com o favoritismo dividido entre EUA e China.

"No primeiro dia, nós decidiremos quatro anos de trabalho. Temos só que mostrar o que fazemos no treino. Não acho que este Mundial será mais difícil do que outros", diz Daniele Hypólito, 26.

Com uso de nutricionista e mais treinos, a ginasta, dona da primeira medalha do país em Mundiais (foi prata em 2001), perdeu 7 kg e voltou a brilhar neste ano, com pódios na Copa e no Pré-Pan.

Daniele reconhece que a seleção não mudou muito e atribui isso à falta de equipamentos de ponta espalhados pelo país. "Para ter renovação, é preciso uma boa reserva para cada titular da equipe. Para isso, é preciso aparelhagem mais renovada."

Além dela e de Jade Barbosa, que reestreia pela seleção após a Olimpíada de 2008, a equipe terá Ethiene Franco, Priscila Cobello, Bruna Leal e Adrian Gomes --só a última e a reserva Gabriela Soares são estreantes em Mundiais.

"Não devemos ter pódio, pois perdemos atletas de peso [como Daiane dos Santos, fora devido às questões pós-doping], mas há renovação na equipe", diz Klayler Mourthé, supervisor da Confederação Brasileira de Ginástica, citando que Ethiene, Bruna e Priscila entraram na seleção principal após Pequim-2008.

Hoje, no Palácio de Esporte Ahoy, o Brasil atua na terceira de seis rotações, quando 22 equipes se exibem --a posição final sai amanhã, no fim das apresentações. "A meta é melhorar o posto do Mundial anterior [quinto, em 2007]. Mas devemos ficar do oitavo ao 14º", diz Viviane.

Dependendo do resultado hoje, as ginastas só assistirão ao resto do Mundial, que vai até domingo que vem. O time masculino atua na terça.

 

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