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16/12/2010 - 13h27

Argentina supera o Brasil em exportação de jogadores

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DA REUTERS

A Argentina tirou do Brasil o "título" de maior exportador mundial de jogadores de futebol. Isso porque, entre 2009 e 2010, a Argentina --terra de craques como Lionel Messi e Carlitos Tevez-- transferiu para o exterior cerca de 1.800 jogadores, segundo dados recolhidos pela empresa Euroamericas Sports Marketing.

Marti Fradera - 1.dez.2010/Reuters
Messi em ação na goleada do Barcelona sobre o Real; atacante está confirmado contra o Osasuna
Messi em ação na goleada do Barcelona sobre o Real; meia-atacante está na Europa desde os 13 anos

Nesse mesmo período, diz o levantamento, o Brasil --maior exportador da última década-- transferiu 1.440 jogadores para a Europa e outros mercados.

Segundo o representante da empresa que fez o estudo, Gerardo Molina, as transferências de argentinos são elevadas também porque vigora naquele país um sistema pelo qual clubes e escolas de futebol podem transferir jogadores jovens ao exterior, enquanto em outros países só os clubes podem fazer isso.

Ainda na opinião dele, os jogadores se tornaram ativos financeiros que os clubes podem vender para pagar dívidas. "A realidade hoje é que o jogador é um ativo principal, supera o faturamento de televisão, o lucro com ingressos, marketing, e até por licenças", disse Molina, lembrando que muitos clubes argentinos estão endividados.

A pesquisa mostra ainda que o sistema de competição e a diminuição das restrições para jogadores estrangeiros nos clubes europeus resultaram em um aumento de cerca de 800% na exportação de jogadores argentinos em cinco anos. E eles embarcam cada vez mais jovens, muitos deles com 15 ou 16 anos, quando estão ainda nas categorias juvenis ou nem estrearam na primeira divisão local.

Mas poucos desses 1.800 terão a possibilidade de "virar" um novo Messi. O ex-jogador Adrián Domenech, diretor de categorias de base do clube Argentinos Juniors, disse que disputar competições europeias de segunda categoria em vez de jogar nos grandes times argentinos é um passo atrás para muitos jogadores.

"[Na] Turquia, Rússia, Ucrânia, Romênia, Grécia, um monte de equipes que levaram jogadores tem poderio econômico. Os jogadores foram porque têm um benefício econômico grande, mas sabendo que futebolisticamente por lá não é conveniente para a sua carreira", apontou.

 

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