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23/12/2010 - 17h02

Após dispensa, Rodrigão critica Pinheiros e formação do time de galácticos

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MARCEL MERGUIZO
DE SÃO PAULO

Quatro galácticos não fazem um time campeão. Este foi o grande erro do Pinheiros, que tentou montar o melhor time de vôlei do Brasil apenas com um quarteto consagrado na seleção brasileira, ao menos na opinião do meio de rede Rodrigão ao tentar justificar os maus resultados e a consequente demissão dele e do levantador Marcelinho, ocorrida nesta quarta-feira antes da equipe vencer o São Caetano por 3 sets a 1, pela Superliga.

João Pires/Divulgação
Rodrigão e Marcelinho (dir.) durante partida do Pinheiros
Rodrigão e Marcelinho (dir.) durante partida do Pinheiros

"Não participei da montagem da equipe, o clube bateu no peito e disse que ia montar a melhor equipe do Brasil. A responsabilidade tinha que ser deles. Arrumaram um culpado que não são eles. Assim, tiram a responsabilidade do Pinheiros, que não é mais galático, não é mais o supertime", afirmou Rodrigão, tricampeão mundial com a seleção brasileira em outubro passado, à Folha.com.

Rodrigão e Marcelinho formavam, desde meados do ano passado, a base de astros do Pinheiros, que ainda tem o ponta Giba e o meio de rede Gustavo Endres.

"São quatro ótimos jogadores. Mas não depende só de quatro. Nem na seleção brasileira. Mesmo os jogadores mais fracos têm que ser bem escolhidos. Se perguntar para dez jogadores quais são os favoritos para a Superliga, os dez vão dizer Sesi, Florianópolis e Vôlei Futuro. Ninguém fala Pinheiros, nem eu falaria. Tinha rótulo de galático, agora, sem nós dois, pode perder os jogos, porque não é mais galático", disse o meio de rede Rodrigão.

No entanto, com o quarteto, o clube não ganhou nenhum título em um ano e meio. O melhor resultado foi o terceiro lugar na Superliga do ano passado.

Na quarta-feira, o clube paulista alegou deficiência técnica para demitir Marcelinho e Rodrigão, que continuam com vínculo (contrato de direito de imagem) com a principal patrocinadora da equipe, a Sky.

Uma reunião entre os jogadores, o clube e a patrocinadora está marcada para o início da próxima semana. Até o momento, nem Sky nem Pinheiros fizeram um pronunciamento oficial sobre as demissões.

MARCELINHO

O levantador se pronunciou apenas através de nota enviada pela assessoria de imprensa e disse que desconhece a razão da dispensa.

"Acho apenas que, muitas vezes, é preciso corrigir erros ao invés de apenas eleger culpados e achar que isso é uma satisfação, que as coisas se resolvem dessa maneira. Todos sabemos que a equipe foi montada para conquistar títulos e nenhum jogador nunca fugiu de suas responsabilidades. Os resultados não estavam aparecendo e isso também estava incomodando demais a nós jogadores", disse.

GIBA E GUSTAVO

Além de companheiros de equipe, Giba e Gustavo jogaram juntos com Marcelinho e Rodrigão nos Jogos Olímpicos de Pequim, quando o Brasil conquistou a medalha de prata.

"A diretoria que tem que dar as devidas respostas. Somos jogadores como eles. Infelizmente não temos poder nenhum. Manda quem pode e obedece quem tem juízo. A gente só pode lamentar muito essa perda, mas não podemos fazer nada", declarou Giba em entrevista ao canal Sportv, depois da vitória da equipe.

O meio de rede Gustavo seguiu o mesmo discurso. "Foi a pior notícia da minha vida como profissional, como atleta. Concordar eu não posso concordar, mas sou só empregado", disse.

ESTATÍSTICA

Com nove partidas disputadas (no total de 11 rodadas), o jogador do Pinheiros aparece em 15º lugar no ranking de maiores bloqueadores da competição.

Nos outros quesitos saque e ataque, o jogador sequer aparece no ranking da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei). Para fazer parte, o jogador precisar ter 12% de eficiência no saque e 17% no ataque.

Já no ranking de pontuadores, Rodrigão aparece em 35º, com 85 pontos, sendo 66 no ataque, 18 no bloqueio e 1 de saque. O primeiro colocado é o oposto Wallace, do Sesi. Ele tem 212 (184 no ataque, 17 de bloqueio e 11 de saque).

 

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