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Cavadinha é coisa para se fazer, não falar, afirma Loco Abreu
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RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL A LA PLATA
"Loco" Abreu, atacante do Botafogo que ganhou fama mundial ao bater pênalti com cavadinha na Copa, falou à Folha sobre a importância histórica do clássico contra a Argentina e da chance de repetir sábado sua abusada cobrança.
Maxi Failla/France Presse | ||
Com a filmadora nas mãos,Sebastian 'Loco' Abreu sorri na Argentina |
Folha - Pode ter disputa de pênaltis contra a Argentina. Pode ter cavadinha?
"Loco"Abreu - Isso, parceiro, não se fala, se faz. Tem que esperar o momento certo.
Como você viveu a vitória uruguaia na Copa América de 1987?
Tinha 11 anos, lembro como um momento muito especial, bonito, a gente comemorou muito, sobretudo porque deu a casualidade de ganhar da Argentina, que era campeã do mundo e tinha Maradona, o melhor do mundo, no time. Para nós, foi um dia especial. Se Deus quiser, vamos pelo mesmo caminho.
A Argentina é favorita agora?
Os dois times têm bom elenco, com boas individualidades Uruguai e Argentina têm time para jogar melhor. Como é mata-mata, tem que recuperar bem, temos muitos jogadores com problemas físico. É respeitar o rival que temos pela frente, mas o Uruguai pode lutar com humildade, sacrifício, dedicação e amor à camisa. Para todo o mundo do futebol, vai ser uma partida muito boa, com muita briga, tradicional.
A pressão maior é da Argentina por estar jogando em casa?
Para nós também há pressão, pois temos uma situação em que Argentina e Uruguai têm 14 títulos da Copa América. Quem passar, continua com a possibilidade de ser único, com 15. A pressão é para os dois porque a história manda.
Aproveitando o velho ditado "Ataca Argentina, Gol do Uruguai", o Uruguai vai usar o contra-ataque?
Eu lembro disso [ditado], mas hoje o Uruguai mudou, também propõe o jogo não é só esperar e contra-atacar, é sair e jogar no campo rival.
Já fez gol na Argentina?
Não fiz, estou esperando o momento.
Para um uruguaio, é mais gostoso ganhar do Brasil ou da Argentina?
Para o Uruguai, é gostoso ganhar. Nossa história fala isso, você joga e ganha, não interessa quem está na frente. Tem que ganhar.
Com a lesão de Cavani, você acha que pode ser titular?
Sempre estou preparado, mas a decisão é do treinador.
Tem acompanhado o Brasileiro, o seu Botafogo?
O time está bem, está na briga, deixamos escapar pontos, empatamos novamente, mas o jogo do time está muito bom, o Caio [Júnior] está conseguindo fazer o que quer. Saudade de ficar em Severiano [General, sede do Botafogo] com a rapaziada, mas primeiro vamos fazer o melhor aqui e depois ficar com o Botafogo.
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