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11/05/2006
-
09h28
da BBC Brasil, em La Paz (Bolívia)
Após cinco horas de reunião, a Petrobras concordou em negociar novos acordos com a Bolívia.
Mas a aplicação ainda dependerá do resultado das discussões com o governo boliviano.
No comunicado conjunto divulgado pelos dois governos, fica claro que, seja qual for o resultado das negociações, as regras mudaram a partir do decreto de nacionalização dos hidrocarbonetos, anunciado pelo presidente Evo Morales, no dia 1º de maio.
Numa saída intermediária, representantes dos governos brasileiro e boliviano decidiram criar comissões bilaterais que vão discutir as condições dos novos contratos da empresa brasileira na Bolívia.
No comunicado de apenas seis parágrafos, onde cada palavra foi discutida durante longos minutos, o ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau, e o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli reiteram "absoluto respeito às decisões soberanas" da Bolívia.
Mas não garantem que adotarão as medidas estabelecidas no decreto presidencial.
'Disposição'
Rondeau e Gabrielli, segundo o texto formal, "expressam disposição para implementar o decreto, de acordo com as normas a serem aplicadas". Essa parte do texto foi interpretada por assessores do Ministério de Hidrocarbonetos como um gesto da Petrobras de que tudo ainda depende das exigências do governo boliviano.
Assessores brasileiros afirmaram que o encontro foi útil para diminuir a tensão, principalmente, entre o ministro boliviano de hidrocarbonetos, Andrés Solíz Rada, e Gabrielli.
Mas ainda não está claro se a reunião, na capital boliviana, La Paz, diminuiu ou não as incertezas nesta relação bilateral.
Neste primeiro encontro, depois daquele anúncio no dia 1º de maio, tanto negociadores brasileiros como bolivianos reconheceram que as discussões estão apenas começando.
"Muita água vai rolar nos próximos (seis) meses de negociações", admitiu um deles.
Os grupos técnicos que integrarão uma comissão dividida em três grupos de trabalhos discutirão como os negócios da Petrobras na Bolívia funcionarão nesta etapa de "transição" – ou seja, os seis meses de negociações estabelecidos no mesmo decreto.
Além dos detalhes dos contratos necessários para a produção de gás e sua comercialização, a Petrobras vai negociar também com o governo boliviano o refino do petróleo e possíveis formas de aumentar o pagamento à Bolívia.
Ficou combinado ainda que Rondeau, Gabrielli, Solíz Rada e o presidente da estatal boliviana YPFB, Jorge Alvarado, manterão contatos permanentes até que se chegue a algum tipo de entendimento.
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Petrobras concorda em negociar novos acordos com Bolívia
MARCIA CARMOda BBC Brasil, em La Paz (Bolívia)
Após cinco horas de reunião, a Petrobras concordou em negociar novos acordos com a Bolívia.
Mas a aplicação ainda dependerá do resultado das discussões com o governo boliviano.
No comunicado conjunto divulgado pelos dois governos, fica claro que, seja qual for o resultado das negociações, as regras mudaram a partir do decreto de nacionalização dos hidrocarbonetos, anunciado pelo presidente Evo Morales, no dia 1º de maio.
Numa saída intermediária, representantes dos governos brasileiro e boliviano decidiram criar comissões bilaterais que vão discutir as condições dos novos contratos da empresa brasileira na Bolívia.
No comunicado de apenas seis parágrafos, onde cada palavra foi discutida durante longos minutos, o ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau, e o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli reiteram "absoluto respeito às decisões soberanas" da Bolívia.
Mas não garantem que adotarão as medidas estabelecidas no decreto presidencial.
'Disposição'
Rondeau e Gabrielli, segundo o texto formal, "expressam disposição para implementar o decreto, de acordo com as normas a serem aplicadas". Essa parte do texto foi interpretada por assessores do Ministério de Hidrocarbonetos como um gesto da Petrobras de que tudo ainda depende das exigências do governo boliviano.
Assessores brasileiros afirmaram que o encontro foi útil para diminuir a tensão, principalmente, entre o ministro boliviano de hidrocarbonetos, Andrés Solíz Rada, e Gabrielli.
Mas ainda não está claro se a reunião, na capital boliviana, La Paz, diminuiu ou não as incertezas nesta relação bilateral.
Neste primeiro encontro, depois daquele anúncio no dia 1º de maio, tanto negociadores brasileiros como bolivianos reconheceram que as discussões estão apenas começando.
"Muita água vai rolar nos próximos (seis) meses de negociações", admitiu um deles.
Os grupos técnicos que integrarão uma comissão dividida em três grupos de trabalhos discutirão como os negócios da Petrobras na Bolívia funcionarão nesta etapa de "transição" – ou seja, os seis meses de negociações estabelecidos no mesmo decreto.
Além dos detalhes dos contratos necessários para a produção de gás e sua comercialização, a Petrobras vai negociar também com o governo boliviano o refino do petróleo e possíveis formas de aumentar o pagamento à Bolívia.
Ficou combinado ainda que Rondeau, Gabrielli, Solíz Rada e o presidente da estatal boliviana YPFB, Jorge Alvarado, manterão contatos permanentes até que se chegue a algum tipo de entendimento.
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