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11/05/2006 - 06h34

Aliança Chávez-Morales freia acordos com UE, diz 'El País'

da BBC Brasil

O jornal espanhol El País afirma em sua edição desta quinta-feira que a aliança entre o presidente da Bolívia, Evo Morales, e o líder da Venezuela, Hugo Chávez, "freou acordos entre a União Européia e a América Latina".

O diário afirma que a quarta cúpula entre o bloco europeu e os países latino-americanos, que tem início nesta quinta, começa "sob a influência da dupla Chávez-Morales", o que, de acordo com o jornal, "dificulta a busca de um acordo" entre a União Européia e a Comunidade Andina, à qual pertence a Bolívia, e da qual acaba de sair a Venezuela, que se juntou ao Mercosul.

O El País comenta que "o próprio Mercosul tampouco consegue fechar um acordo transatlântico" e acrescenta que "Colômbia, Peru e Equador estão descontentes com a paralisação dos acordos com a União Européia".

O diário conclui que, apesar de todos os contratempos, a União Européia vai procurar "dar impulso político à negociação com o Mercosul que foi interrompida".

'Chávez, o rei latino-americano'

Com o título de "Esqueça Castro: Conheça o novo rei da América Latina", o diário britânico The Times afirma que o líder venzuelano está "usando a riqueza petrolífera da Venezuela para influenciar seus amigos e irritar seus vizinhos".

De acordo com jornal, Chávez vem procurando irritar o presidente americano, George W. Bush, buscando promover alianças militares com o Irã e a Coréia do Norte, dois do que o jornal chama de "o chamado eixo do mal do presidente Bush".

O diário afirma que o presidente da Venezuela já investiu mais de US$ 16 bilhões em 36 países - a maior parte deles latino-americanos- desde que tomou posse, há sete anos e meio. Segundo o Times, Chávez destinou desde US$ 1 bilhão por ano em petróleo para Cuba, "efetivamente substituindo a União Soviética" e até "financiou desfiles de samba no Brasil" .

Hugo Chávez é também tema do diário econômico britânico Financial Times. Segundo o jornal, Chávez está realizando "uma turnê mundial movida a petróleo" enquanto seu país faz um "lento progresso" em relação a temas sociais.

De acordo com o Financial Times, enquanto o líder venezuelano "acumula milhagem aérea", sua administração vem registrando "índices sociais e econômicos frágeis". Na área de moradia, o jornal afirma que Chávez só construiu 34% das moradias populares que tinha como meta. Segundo o jornal, a Venezuela tem um déficit de moradias de 1,6 milhão.

Mas o diário acrescenta que as perspectivas de Chávez nas eleições presidenciais venezuelanas, marcadas para dezembro, são boas, uma vez que "os lucros gerados pelo petróleo permitem ao presidente gastar quase que sem restrições, até nos programas mais ineficientes".

Quem é você, Hillary?

É esse o título de um artigo publicado pelo jornal americano The Washington Post. O texto critica o posicionamento ideológico da senadora democrata Hillary Clinton, no momento a principal aspirante do partido ao posto de candidata presidencial em 2008. Segundo os críticos de Hillary, a senadora vem dando uma guinada para a centro-direita, segundo seus críticos.

O articulista Richard Cohen critica o fato de a senadora ter participado de um evento para angariar fundos patrocinado pelo magnata das comunicações Rupert Mudoch, cuja emissora, a Fox News, é, segundo o diário, "a personificação" do conservadorismo contemporâneo que tentou derrubar ex-presidente americano Bill Clinton.

De acordo com o texto, "em algum lugar na vasta organização Clinton há pessoas dizendo a ela que a coisa certa a fazer é se mover para a direita. Mas a armadilha para candidatos presidenciais democratas é que apelar para a desproporcionalmente importante ala esquerda do partido, os torna inaceitáveis para eleitores mais conservadores".

Richard Cohen deduz que é por esse motivo que a senadora não "pediu a retirada do Iraque ou repudiou o voto autorizando George Bush a ir para a guerra". Mas acrescenta: "É uma estratégia que ela acredita poderá fazer com que vença a indicação sem o apoio de ativistas democratas anti-guerra. Mas cada vez mais isso está se tornando uma proposta dúbia".

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