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Tuma pretende concluir nos próximos dias investigações sobre Roriz
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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
Com a ameaça de as investigações sobre as denúncias contra o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) serem conduzidas pelo Conselho de Ética do Senado, o corregedor-geral da Casa, Romeu Tuma (DEM-SP), quer correr contra o tempo e concluir logo suas apurações. A idéia é apressar as investigações e apresentar um parecer nos próximos dias.
"Se eu não fizer isso [apressar as investigações] pode ocorrer o que houve com o caso [do presidente do Senado] Renan Calheiros [PMDB-AL]", afirmou Tuma, referindo-se ao fato de suas investigações terem sido "atropeladas" pela representação movida pelo PSOL para investigar Renan --e com isso o assunto acabou conduzido pelo Conselho de Ética. Também foi o PSOL que representou contra Roriz.
No esforço de analisar os detalhes das investigações e as minúcias das escutas telefônicas, realizadas pela Polícia Civil, durante a Operação Aquarela no Distrito Federal, Tuma disse que apelou para especialistas que o auxiliam. Tanto é que ainda nesta terça-feira, ele pretende reunir mais documentos e informações sobre o caso.
Segundo Tuma, pretende conversar ainda hoje com o procurador-geral do Distrito Federal, Leonardo Bandarra, para sanar algumas dúvidas. O senador não disse quais são essas dúvidas, mas afirmou que suas investigações já estão bem adiantadas.
Nos bastidores, aumentam as informações de que Roriz examina a hipótese de renunciar.
Acusações
Ontem, o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, determinou a abertura de procedimento administrativo contra o senador peemedebista, concedendo 20 dias de prazo para ele se explicar. Souza se baseou em gravações de conversas telefônicas de Roriz com o ex-presidente do BRB (Banco de Brasília) Tarcísio Franklin de Moura.
Nas conversas, Roriz supostamente negocia com Moura a partilha de R$ 2,2 milhões no escritório do empresário Nenê Constantino, presidente do Conselho de Administração da Gol.
O peemedebista negou as denúncias. Segundo ele, ficou com somente R$ 300 mil, do valor total do empréstimo, e teria devolvido o restante ao amigo empresário.
De acordo com o senador, o dinheiro do empréstimo foi utilizado para comprar uma bezerra e ajudar um primo.
No entanto, reportagem publicada pela revista "Veja" informa que Roriz teria utilizado parte dos R$ 2,2 milhões para subornar juízes do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Distrito Federal em processo contra ele nas eleições do ano passado.
Os magistrados do TRE do DF não mencionaram as denúncias. Apenas divulgaram nota oficial informando que informações relativas a processos envolvendo Roriz foram encaminhadas ao MPF (Ministério Público Federal) e anunciaram que as providências adequadas serão tomadas. Não detalharam essas providências.
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