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23/10/2007 - 19h09

PSDB libera bancada para votar CPMF e indica disposição de negociar

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (PSDB-AM), confirmou nesta terça-feira que o partido não vai fechar questão contra ou a favor da prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011. Da tribuna do Senado, Virgílio disse que os 13 senadores do partido estarão livres para aprovar ou rejeitar a matéria no plenário da Casa, conforme antecipou a Folha Online.

Ao contrário do PSDB, o DEM decidiu fechar questão contra a prorrogação da proposta. Os senadores do partido que desrespeitarem a decisão da legenda correm o risco de serem expulsos da legenda --como prevê o estatuto do partido.

"O PSDB tomou a decisão de não fechar questão sobre essa matéria. Respeita a posição do DEM, que fechou questão. É um direito, é legitimo. Mas o PSDB, legitimamente, achou que não devia agir assim", disse Virgílio.

O líder disse que os tucanos estão dispostos a dialogar com o ministro Guido Mantega (Fazenda) concessões para que a bancada --ou parte dela-- apóie a prorrogação da contribuição. O encontro dos tucanos com o ministro está previsto para esta quinta-feira.

Virgílio apresentou uma lista de seis reivindicações do PSDB para apoiar a matéria. Entre elas está a redução de 0,2% nos gastos públicos federais. "Além de se fazer essa pequena economia, e ao longo de 10, 15, 20 anos não é tão pequena assim, teríamos o condão de evitar que o governo continuasse exagerando e exorbitando nos gastos correntes. Nós não podemos desperdiçar essa oportunidade, a meu ver, de discutir com o ministro Mantega e com quem mais se apresente, a desoneração de tributos e contribuições."

O partido também cobra a renovação da CPMF por prazo "exíguo", além da aprovação da reforma tributária em troca da "vigência curta" da contribuição.

O PSDB defende, ainda, a redução da alíquota de 038% da CPMF e a desoneração da carga tributária nacional. Virgílio também cobrou o aumento dos investimentos federais na área da saúde "para não termos os que sofrem a epidemia de dengue vivendo os seus riscos de vida desnecessários".

Divergências

O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), disse que a oposição pode ter divergências de pensamento em relação às negociações sobre a CPMF. "Pensamos, quase sempre, de forma muito parecida, mas nem sempre igual. Há uma diferença entre nós: o PSDB, partido irmão de atuação dos Democratas, ainda acredita no governo. Eu sou daqueles que pensam que gato escaldado tem medo de água fria. Já não acredito mais."

Segundo Agripino, a "luta histórica" do DEM não permite a aprovação de matérias que aumentem a carga tributária nacional. "É por essa razão, não é por nenhuma ranzinzice, não é por nenhuma posição sectária, que nós fechamos, mas porque o nosso partido tem, na sua formulação programática, no seu estatuto, uma cláusula pétrea, que diz claramente ter o Partido obrigação de lutar contra o aumento de carga tributária", justificou.

O governo federal aposta na adesão de senadores do PSDB à CPMF para conseguir aprovar a prorrogação do "imposto do cheque" no plenário do Senado.

Nos bastidores, os governistas contabilizam 43 votos dos 49 necessários para a aprovação da PEC (proposta de emenda constitucional) da CPMF.

Como o PSDB reúne 13 senadores, os governistas esperam conquistar pelo menos a metade dos tucanos para conseguir prorrogar a CPMF até 2011.

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Comentários dos leitores
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Fim da estabilidade de servidores públicos seria uma saída respeitosa ao gargalo de crescimentoe diminuição de gastos.
Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
sem opinião
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Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
É errado fazer essa divisão de quem merece mais ou quem merece menos, pois, a princípio, todos os partidos são iguais. No entanto, nós sabemos disso, que, se o DEM ou o PSDB estivesse no poder, ele também iriam fazer a mesma coisa. Isso sempre existirá nessa política pobre que é a brasileira. 1 opinião
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Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
VIVA O PMDB: ESTÁ SEMPRE PRONTO PARA PREJUDICAR O POVO. QUE SAUDADE DE ULISSES
GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
sem opinião
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