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16/01/2008 - 12h29

Presidente do TSE diz que verba das eleições é "intocável" e defende calendário único

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LÍSIA GUSMÃO
Colaboração para a Folha Online, em Brasília

Em ano de eleições municipais, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Marco Aurélio Mello, disse nesta quarta-feira que a verba de R$ 600 milhões destinada à realização do pleito de outubro é "intocável" e será preservada dos cortes que serão feitos no Orçamento da União de 2008 para adequá-lo ao fim da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). À Folha Online, Marco Aurélio defendeu ainda que as obras do Judiciário não sejam paralisadas, mas "desaceleradas".

"Nós devemos primar pela razoabilidade, cortando onde há gordura. Em época de crise, o açodamento é nefasto. Deve-se atuar com absoluta segurança", afirmou o presidente do TSE. "A verba [das eleições] é intocável. Todos sabem. Nem se pensa em cortá-la ou estaria prejudicado o estado democrático de direito", disse.

O ministro reforçou a unificação do calendário eleitoral para diminuir os custos para a Justiça. Segundo ele, o pleito municipal acaba servindo de "prévia" para as eleições gerais --realizadas dois anos depois.

"Não há porque haver eleições de dois em dois anos. Se potencializa os aspectos políticos em detrimento do que é melhor para o interesse público. As eleições municipais acabam sendo preparatórias, uma prévia das eleições gerais", disse o presidente do TSE.

Orçamento austero

Segundo Marco Aurélio, o Orçamento do Judiciário enviado ao Congresso é "austero, com apego onde é necessário para o funcionamento da máquina". E alertou que o Judiciário é criticado pela "morosidade". "Cortes no Orçamento podem prejudicar seu desempenho."

Para o ministro, a paralisação das obras públicas pressupõe ônus. "Paralisação de obras é um caos. Não se imagina paralisar, mas desacelerar", disse ele à Folha Online, citando a reforma da sede do TSE em Brasília.

Ele defendeu ainda que os cortes no Orçamento da União não ultrapassem os 6% que os recursos da CPMF representavam na arrecadação federal. Em 2007, o montante arrecadado pela Receita com o imposto do cheque representou este percentual.

"Não se pode pretender reduzir um percentual que extrapole os 6% sob pena de a extinção da CPMF servir apenas de pretexto", ponderou Marco Aurélio.

Cortes aleatórios

A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ellen Gracie, terá uma reunião com o presidente da Comissão de Orçamento do Congresso, senador José Maranhão (PMDB-PB), e o relator da proposta, deputado José Pimentel (PT-CE), nesta quinta-feira.

Ontem, após reunião com representantes dos tribunais superiores, Ellen Gracie condenou os "cortes aleatórios".

Comentários dos leitores
Bolinha da Lulu (843) 31/01/2010 15h00
Bolinha da Lulu (843) 31/01/2010 15h00
pelos comentários tem muita gente que adora ser roubado. Creio que o melhor seria deixa-los na confluência das grandes avenidas no horário do "rush" com placas dizendo que querem ser assaltados para saber como é difícil ser achacado por um meliante no meio da rua ou dentro de sua casa no horário do jornal nacional por um político que se diz dos trabalhadores. Quem sabe após ser severamente espoliado de seus recursos e tiver que ir até um posto médico para receber atendimento, marcar a consulta para depois de 3 meses, ou se precisar de um aparelho para sua sobrevivência ter que esperar a burocracia determinar se ele realmente precisa, ou ainda estar em uma lista de espera para ser operado, mas como o responsável recebia propina para passar pacientes na frente se bloqueia tudo e se fica a míngua sem atendimento ou meios de conseguir o mesmo beneficio por não ter dinheiro.
É fácil falar aqui dos erros que ocorrem ou achar desculpas para as palhaçadas que fazem, mas nada disso mudará a realidade de um povo inculto, pobre, sem recursos e desamparado pelos político que estão lá apenas para deixarem de ser povo e poderem se tornar a elite privilegiada de poder ser tratada no Sírio Libanes ou no Albert Einstein, já o Incor ou o HC não é mais para as elites.
sem opinião
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Walmer Neves (20) 31/01/2010 02h12
Walmer Neves (20) 31/01/2010 02h12
Prezados,
Minha sugestão é de que o presidente tope o que a oposição quer.... o cumprimento do acordo que o PPS,DEMOS e PSDB impõe como condição para aprovar o orçamentoe e o marco regulatório do PRÉ-SAL.
Tipo:
Vamos fazer assim, OPOSIÇÃO: COLOCAREMOS O EVETO PARA APRECIAÇÃO DO CONGRESSO, MELHOR AINDA, VAMOS RETIRAR O VETO CONSTITUCIONAL.
MÁS !!!!! ... como contrapartida iremos medir os impactos economicos negativos para o GOV. e os impactos sociais para sociedade e veicularemos em mídia nacional.
TOPA... SEU RONALDO CAIADO!?!?
é só colocar o veto para apreciação no plenário do Congresso Nacional. Caso contrário, é obstrução total!", ameaçou Caiado no no twitter.
sem opinião
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alvaro luiz valim (18) 30/01/2010 20h25
alvaro luiz valim (18) 30/01/2010 20h25
280 milhoes por mes, 25000 desempregados, quem pagara a brincadeira, o TCU?, a midia? a opsiçao? 6 opiniões
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