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16/01/2008 - 22h03

Famílias ligadas ao MST invadem engenho em PE

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RENATA BAPTISTA
da Agência Folha

Cerca de 60 famílias ligadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) invadiram hoje pela manhã o engenho Planalto, em Paudalho (39 km de Recife).

O engenho possui 1.800 hectares --o equivalente a cerca de 2.500 campos de futebol-- e foi considerado improdutivo em vistoria feita pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em 2004.

O processo de desapropriação, no entanto, foi interrompido por um recurso da sociedade que é dona da área, que solicitou nova perícia, ainda não realizada. A área hoje está ocupada por posseiros.

Segundo o MST, os manifestantes cobram agilidade da Justiça no processo de desapropriação das terras e afirmam que vão arrancar a cana-de-açúcar do local para o cultivo de milho e feijão. Os sem-terra começaram a montar acampamento ontem e disseram que só deixam o local após a desapropriação.

A Polícia Militar informou que a invasão foi pacífica. Em novembro, os sem-terra chegaram a bloquear a BR-408, próxima ao engenho, em protesto pela desapropriação da área.

O promotor agrário do Estado, Edson Guerra, disse que encaminhou ofícios à Ouvidoria Agrária Nacional e à Procuradoria-Geral do Incra, em Brasília, solicitando rapidez no processo de desapropriação do engenho Planalto.

Comentários dos leitores
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Sr Mauricio de Andrade.
Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
sem opinião
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Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Acho que não me fiz entender direito.Valoriza-se mais as posses materiais do que a formação educacional. A agricultura familiar mudou muito, comparada àquela que se praticava décadas atrás. Sou de origem japonesa, meus avós foram agricultores, meu pai foi agricultor e migrou para cidade, onde conseguiu montar um comércio, graças a algumas boa colheitas. Detalhe: meu pai nunca foi proprietário de terras, sempre arrendou. Tenho alguns tios que continuaram na agricultura, no cultivo de hortaliças, e eles somente conseguem se manter porque se adaptaram, do contrário é difícil manter os custos. Atualmente, mesmo para tocar uma pequena propriedade, é necessário conhecimento técnico e qualificação para manejo sustentável, rotação de culturas, uso correto de fertilizantes e recuperação de solo. Ou seja eis a necessidade da QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL. A má distribuição de riquezas é consequência funesta da incapacidade de nossos governantes em dar uma educação digna à toda população, daí o fato de haver o exército de desempregados nos grandes centros urbanos. Igualmente continuarão a levar uma vida miserável mesmo na posse de uma terra, se não houver capacitação técnica. Por outro lado, tem surgido muitas vagas de empregos em muitas cidades pequenas e médias do interior do Brasil, que não são preenchidas por falta de formação educacional. A distribuição de terras pode até ser uma solução para o campo, mas não é a única. A melhor solução é de longo prazo e é EDUCAÇÃO. sem opinião
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Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
A lei é para todos sem exceção.
Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
2 opiniões
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