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Sem-terra bloqueiam rodovias em protesto contra violência no RS
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da Folha Online
Sem-terra bloqueiam nesta quarta-feira oito rodovias do Rio Grande do Sul em protesto, segundo o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), contra a suposta violência cometida durante o despejo de 900 trabalhadoras rurais da fazenda Tarumã, em Rosário do Sul, de área da empresa Stora Enso.
O MST informou que cerca de 50 camponesas foram feridas por balas de borrachas e estilhaços de bombas, além de sofrerem agressões físicas pela Brigada Militar, sob ordens da governadora Yeda Crusius (PSDB) e dos comandantes Binsel e Paulo Mendes.
De acordo com o movimento, duas agricultoras estão detidas desde as 17h de ontem sem alimentação, e as 250 crianças que estavam com suas mães ficaram sem comer até a meia-noite.
As mobilizações das mulheres da Via Campesina prosseguem hoje em Porto Alegre, onde 250 trabalhadoras rurais montam um acampamento, e em Encruzilhada do Sul, onde estão reunidas 600 mulheres em um outro acampamento.
A reportagem ainda não conseguiu entrar em contato com a assessoria da governadora para comentar as acusações.
O subcomandante da Brigada Militar no Rio Grande do Sul, coronel Paulo Mendes, que coordenou a operação, confirmou que foram usadas bombas de efeito moral e balas de borracha. Cães e cavalos também foram utilizados na operação que contou com 50 policiais.
A fazenda Tarumã é utilizada pela Stora Enso há dois anos para o cultivo de eucaliptos. A área fica a 80 km da fronteira com o Uruguai, o que a inclui nas exigências da lei de faixas de fronteira. Essa legislação exige aprovação prévia do Conselho de Defesa Nacional para a compra de terras por estrangeiros em qualquer área que fique na faixa de 150 km da fronteira.
No total, a empresa adquiriu 46 mil hectares no Estado. Os trabalhadores rurais querem que essas áreas sejam destinadas à reforma agrária. Também acusam a empresa de criar uma empresa laranja como forma de regularizar a terra fronteiriça.
Com Agência Folha
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Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
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Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
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