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05/03/2008 - 17h48

Sem acordo, Congresso adia para amanhã votação do Orçamento de 2008

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O Congresso Nacional adiou a votação da proposta orçamentária de 2008, marcada para esta noite em sessão conjunta da Câmara e do Senado. Deputados e senadores, do governo e da oposição, não conseguiram chegar a um acordo sobre o anexo de R$ 534 milhões incluído na peça orçamentária, o que forçou o adiamento da votação.

Parlamentares de diversos partidos estão reunidos há mais de duas horas com integrantes da Comissão Mista de Orçamento e com presidentes da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), em busca de um acordo sobre o anexo.

Um pequeno grupo de parlamentares insiste na manutenção dos R$ 534 milhões no formato de anexo, embora a maioria dos senadores e deputados já tenha se mostrado favorável à sua extinção com a distribuição dos recursos na peça orçamentária.

Na reunião, pelo menos cinco propostas foram apresentadas como alternativa para realocar os R$ 534 milhões. O líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), sugeriu que 50% dos recursos sejam destinados à saúde e educação, enquanto o restante seria dividido pelas bancadas partidárias no Congresso.

Já o líder do PTB na Câmara, deputado Jovair Arantes (GO), sugeriu que os R$ 534 milhões sejam divididos igualmente entre as bancadas dos 27 Estados. Outros parlamentares propuseram realocar os recursos, integralmente, ao longo da proposta.

A expectativa dos líderes partidários é a de que o formato para distribuição dos recursos do anexo seja definido na reunião --caso os parlamentares decidam extingui-lo. "Eu acho que, se fecharmos uma proposta hoje, temos condições de votar o Orçamento amanhã. Hoje, a votação já está descartada. Temos que ter um tempo para redigir as mudanças", disse o líder do PSB no Senado, Renato Casagrande (ES).

O relator da proposta, deputado José Pimentel (PT-CE), disse que a votação deve começar às 9h de amanhã.

Polêmica

Na madrugada da última quinta-feira, a Comissão Mista de Orçamento aprovou a peça orçamentária de 2008 com o anexo de "metas e prioridades" criticado pela oposição --que chama a manobra de contrabando.

O comando da comissão chegou a fechar um acordo para retirar o anexo do texto em troca da oposição aprovar a matéria. Mesmo com o acordo, o anexo foi mantido no texto-final aprovado pelos integrantes da comissão.

Reportagem publicada pela Folha denunciou a inclusão do anexo no texto orçamentário. Segundo a reportagem, o anexo é formado por emendas parlamentares, que têm como "pais" 96 deputados e senadores das bancadas partidárias de 16 Estados.

O deputado João Leão (PP-BA) confirmou que a maioria das emendas do anexo veio de membros da comissão. Os gastos do anexo não se confundem com as emendas parlamentares propriamente ditas, que neste ano já vão abocanhar R$ 15,2 bilhões, de um total de R$ 99 bilhões previstos em investimentos.

Comentários dos leitores
Bolinha da Lulu (843) 31/01/2010 15h00
Bolinha da Lulu (843) 31/01/2010 15h00
pelos comentários tem muita gente que adora ser roubado. Creio que o melhor seria deixa-los na confluência das grandes avenidas no horário do "rush" com placas dizendo que querem ser assaltados para saber como é difícil ser achacado por um meliante no meio da rua ou dentro de sua casa no horário do jornal nacional por um político que se diz dos trabalhadores. Quem sabe após ser severamente espoliado de seus recursos e tiver que ir até um posto médico para receber atendimento, marcar a consulta para depois de 3 meses, ou se precisar de um aparelho para sua sobrevivência ter que esperar a burocracia determinar se ele realmente precisa, ou ainda estar em uma lista de espera para ser operado, mas como o responsável recebia propina para passar pacientes na frente se bloqueia tudo e se fica a míngua sem atendimento ou meios de conseguir o mesmo beneficio por não ter dinheiro.
É fácil falar aqui dos erros que ocorrem ou achar desculpas para as palhaçadas que fazem, mas nada disso mudará a realidade de um povo inculto, pobre, sem recursos e desamparado pelos político que estão lá apenas para deixarem de ser povo e poderem se tornar a elite privilegiada de poder ser tratada no Sírio Libanes ou no Albert Einstein, já o Incor ou o HC não é mais para as elites.
sem opinião
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Walmer Neves (20) 31/01/2010 02h12
Walmer Neves (20) 31/01/2010 02h12
Prezados,
Minha sugestão é de que o presidente tope o que a oposição quer.... o cumprimento do acordo que o PPS,DEMOS e PSDB impõe como condição para aprovar o orçamentoe e o marco regulatório do PRÉ-SAL.
Tipo:
Vamos fazer assim, OPOSIÇÃO: COLOCAREMOS O EVETO PARA APRECIAÇÃO DO CONGRESSO, MELHOR AINDA, VAMOS RETIRAR O VETO CONSTITUCIONAL.
MÁS !!!!! ... como contrapartida iremos medir os impactos economicos negativos para o GOV. e os impactos sociais para sociedade e veicularemos em mídia nacional.
TOPA... SEU RONALDO CAIADO!?!?
é só colocar o veto para apreciação no plenário do Congresso Nacional. Caso contrário, é obstrução total!", ameaçou Caiado no no twitter.
sem opinião
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alvaro luiz valim (18) 30/01/2010 20h25
alvaro luiz valim (18) 30/01/2010 20h25
280 milhoes por mes, 25000 desempregados, quem pagara a brincadeira, o TCU?, a midia? a opsiçao? 6 opiniões
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