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08/03/2008 - 08h13

Cerca de 500 mulheres protestam contra a monocultura em Recife

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da Agência Folha, em Recife

Cerca de 500 mulheres ligadas à Via Campesina realizaram ontem manifestações no centro de Recife (PE) em protesto contra a monocultura da cana-de-açúcar no Estado e como encerramento dos atos da semana da mulher.

Pela manhã, elas promoveram um ato em frente à sede do Sindaçúcar (Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool do Estado de Pernambuco). Elas queimaram, simbolicamente, algumas amostras de cana-de-açúcar.

À tarde, as manifestantes da Via Campesina se reuniram com outras cerca de 500 militantes de outros movimentos sociais e partiram em marcha para o Palácio do Campo das Princesas (sede do governo estadual).

Elas apitavam e batiam panelas. Em um carro de som, criticaram a violência contra a mulher e o modo como o governo do Estado lida com questões como reforma agrária.

Um grupo de representantes foi recebido pela secretária estadual da Mulher, Cristina Buarque, no início da noite. Uma pauta de reivindicações sobre educação, reforma agrária e violência contra a mulher foi entregue na ocasião.

A Polícia Militar afirmou que o protesto foi pacífico e que não foram registradas ocorrências.

Também houve manifestações de integrantes da Via Campesina no Paraná, em cidades como Londrina, Campo Mourão, Santa Tereza do Oeste, Ponta Grossa e União da Vitória. Os atos aconteceram principalmente em frente às unidades da multinacional Syngenta Seeds.

Em Ponta Grossa, mulheres da Via Campesina protestaram em frente a um escritório da empresa. Elas distribuíram milho à população, em protesto contra os transgênicos. Não houve informação de confrontos nas manifestações.

A Syngenta, em nota, "reafirmou a preocupação com estas manifestações e com atos que tentam impedir o desenvolvimento da agricultura, trazendo prejuízos a todos".

Comentários dos leitores
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Sr Mauricio de Andrade.
Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
sem opinião
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Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Acho que não me fiz entender direito.Valoriza-se mais as posses materiais do que a formação educacional. A agricultura familiar mudou muito, comparada àquela que se praticava décadas atrás. Sou de origem japonesa, meus avós foram agricultores, meu pai foi agricultor e migrou para cidade, onde conseguiu montar um comércio, graças a algumas boa colheitas. Detalhe: meu pai nunca foi proprietário de terras, sempre arrendou. Tenho alguns tios que continuaram na agricultura, no cultivo de hortaliças, e eles somente conseguem se manter porque se adaptaram, do contrário é difícil manter os custos. Atualmente, mesmo para tocar uma pequena propriedade, é necessário conhecimento técnico e qualificação para manejo sustentável, rotação de culturas, uso correto de fertilizantes e recuperação de solo. Ou seja eis a necessidade da QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL. A má distribuição de riquezas é consequência funesta da incapacidade de nossos governantes em dar uma educação digna à toda população, daí o fato de haver o exército de desempregados nos grandes centros urbanos. Igualmente continuarão a levar uma vida miserável mesmo na posse de uma terra, se não houver capacitação técnica. Por outro lado, tem surgido muitas vagas de empregos em muitas cidades pequenas e médias do interior do Brasil, que não são preenchidas por falta de formação educacional. A distribuição de terras pode até ser uma solução para o campo, mas não é a única. A melhor solução é de longo prazo e é EDUCAÇÃO. sem opinião
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Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
A lei é para todos sem exceção.
Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
2 opiniões
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