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20/03/2008 - 13h02

MST diz que Vale deve se preocupar com problemas sociais

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da Folha Online

O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) divulgou nota na qual comenta a decisão da Justiça do Rio de Janeiro que ontem concedeu liminar que proíbe tanto o movimento quanto João Pedro Stédile --um de seus dirigentes-- de "incitar e de promover a prática de atos violentos contra as instalações" da Vale.

Na nota, o MST diz que a Vale deveria trabalhar para resolver sociais e ambientais das áreas onde está instalada --Minas Gerais, Maranhão e Pará-- em vez de criar obstáculos para realização de "manifestações legítimas que fazem parte da democracia".

O MST também questiona o fato de a Vale não se preocupar com a decisão da Justiça Federal que, em dezembro de 2005, anulou o leilão que privatizou a mineradora ao acatar um dos 107 processos que tramitam contra a empresa.

"A decisão do Poder Judiciário pode devolver ao povo brasileiro o controle da empresa e impedir que continuem desrespeitando as comunidades com suas atividades", afirma o MST na nota.

Em nota divulgada ontem, a Vale informou que tomou a decisão de recorrer à Justiça "diante dos sucessivos ataques que a empresa vem sofrendo pelo MST desde o início do ano passado". A empresa informa que foram oito invasões desde março de 2007.

Na semana passada, integrantes da Via Campesina ocuparam a ferrovia Vitória-Minas, na altura de Resplendor (MG). Na ocasião, o diretor-executivo de assuntos corporativos e energia da companhia, Tito Martins, disse que a Vale estuda processar representantes nacionais do MST.

Como dirigente do MST, Stédile foi notificado ontem da decisão da Justiça do Rio de Janeiro.

Em entrevista à Folha publicada nesta quinta-feira, o dirigente do MST disse os integrantes do movimento ficaram "mais bravos ainda" com a liminar obtida pela Vale e classificou a iniciativa da empresa como "medida desesperada".

"Na verdade, essa decisão não nos refreia: ficamos mais bravos ainda", disse Stédile para a Folha.

Comentários dos leitores
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Sr Mauricio de Andrade.
Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
sem opinião
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Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Acho que não me fiz entender direito.Valoriza-se mais as posses materiais do que a formação educacional. A agricultura familiar mudou muito, comparada àquela que se praticava décadas atrás. Sou de origem japonesa, meus avós foram agricultores, meu pai foi agricultor e migrou para cidade, onde conseguiu montar um comércio, graças a algumas boa colheitas. Detalhe: meu pai nunca foi proprietário de terras, sempre arrendou. Tenho alguns tios que continuaram na agricultura, no cultivo de hortaliças, e eles somente conseguem se manter porque se adaptaram, do contrário é difícil manter os custos. Atualmente, mesmo para tocar uma pequena propriedade, é necessário conhecimento técnico e qualificação para manejo sustentável, rotação de culturas, uso correto de fertilizantes e recuperação de solo. Ou seja eis a necessidade da QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL. A má distribuição de riquezas é consequência funesta da incapacidade de nossos governantes em dar uma educação digna à toda população, daí o fato de haver o exército de desempregados nos grandes centros urbanos. Igualmente continuarão a levar uma vida miserável mesmo na posse de uma terra, se não houver capacitação técnica. Por outro lado, tem surgido muitas vagas de empregos em muitas cidades pequenas e médias do interior do Brasil, que não são preenchidas por falta de formação educacional. A distribuição de terras pode até ser uma solução para o campo, mas não é a única. A melhor solução é de longo prazo e é EDUCAÇÃO. sem opinião
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Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
A lei é para todos sem exceção.
Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
2 opiniões
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