Suplicy diz que Ingrid Betancourt deve vir ao Brasil em setembro

O Senado deverá homenagear a franco-colombiana Ingrid Betancourt em setembro. Betancourt aceitou o convite dos senadores Eduardo Suplicy (PT/-P) e Pedro Simon (PMDB-RS) para vir a Brasília e receber as homenagens dos parlamentares. A resposta ao convite dos dois parlamentares foi dada pela própria Betancourt que escreveu uma carta, endereçada ao embaixador do Brasil na França, José Bustani.

Na carta, Betancourt agradece o apoio dos parlamentares e coloca-se à disposição para vir ao Senado brasileiro. Mas disse que terá de ficar fora de Paris até agosto, dando a entender que só depois disso estará disponível. "É uma honra imensa para mim, que me toca sobremaneira, e é com respeito que aceito a distinção que me é acordada", disse ela, na carta, referindo-se às homenagens que lhe serão prestadas.

Suplicy afirmou que há uma propensão em receber a franco-colombiana no Brasil em setembro. Mas disse que ainda não há uma data definida, pois dependerá da agenda de Betancourt.

Assessores do presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB/RN), informaram que tão logo Betancourt marque a data para comparecer à Casa tudo será organizado à espera dela.

Libertação

Seqüestrada em 2002 pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), quando fazia campanha eleitoral como candidata à Presidência da Colômbia, Betancourt foi libertada em julho com outros reféns das Farc, em uma operação do exército da Colômbia.

No último domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, na Colômbia, de um ato público em defesa da libertação dos reféns que ainda continuam sob poder das Farc.

"Só uma palavra. De um poeta brasileiro que uma vez escreveu uma frase muito bonita sobre a liberdade. Ele gritava: 'liberdade, liberdade nos abrace, liberdade, liberdade nos abrace, liberdade, liberdade para todos'", disse Lula.

Em Paris, em um outro ato público também em defesa da libertação dos reféns, Betancourt enviou sua mensagem. "Entenda que já não é hora de derramar mais sangue. É hora de deixar esses fuzis e trocá-los por rosas, de abandoná-los pela tolerância, por respeito, como irmãos que somos. [É hora de] buscar uma maneira de todos caberem no mundo, de caberem na Colômbia", disse ela.