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24/12/2008 - 12h17

Congresso quer emplacar projeto que amplia poderes dos parlamentares no Orçamento

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MÁRCIO FALCÃO
colaboração para a Folha Online, em Brasília

Sem muito alarde, deputados e senadores querem emplacar um projeto que amplia os poderes dos parlamentares na elaboração do Orçamento. A idéia é aumentar os recursos e o número das emendas. A proposta altera a resolução nº 1 que normatizou os trabalhos da CMO (Comissão Mista de Orçamento) e foi criada depois do escândalo dos anões do Orçamento --que envolveu parlamentares no desvio de recursos da proposta orçamentária.

A primeira mudança prevê que a CMO passa a contar com 48 deputados e senadores e não mais com 40. Outra modificação seria aumentar o número de emendas das bancadas ao anexo de metas e prioridades da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), atualmente 5 emendas, e ao PPA (Plano Plurianual), também com 5 emendas, elevando para 10 e 20 emendas, respectivamente.

O anexo de metas causou polêmica na elaboração do Orçamento de 2008 e chegou a ser considerado pela oposição como um "contrabando" porque teria acolhido emendas beneficiando integrantes da comissão. O deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS), que assina o texto, explica que o tumulto provocado não deve se repetir porque só serão aceitas emendas de bancadas que não serão analisadas exclusivamente pelo relator do Orçamento.

"Propomos deixar claro a proibição de se apresentar emenda de relator na lei orçamentária com a finalidade de incluir programação do anexo de metas da LDO, experiência que gerou grande tumulto e distorções no processo orçamentário", afirma o deputado na justificativa do projeto.

Pelo texto, que já reúne o aval de 86 deputados e 26 senadores, também fica definido que quando houver reestimativa de arrecadação do governo positiva, serão alocados nas emendas coletivas.

Neste ano, para o Orçamento de 2009, a Comissão de Orçamento teve que fazer uma ginástica financeira maior para adequar a proposta à crise financeira internacional porque utilizou sistema parecido. Como na primeira revisão de receita a CMO encontrou R$ 7,9 bilhões a mais do que estava indicado no projeto original encaminhado pelo Executivo, todos os recursos foram alocados para o atendimento de emendas parlamentares. Se os recursos tivessem sido preservados, o corte de R$ 10,3 bilhões teria sido menor.

Para ganhar simpatia popular, a matéria ainda propõe que pelo menos uma das emendas de bancada estadual tenha origem nas discussões do orçamento durante audiências públicas realizadas nos Estados.

O presidente da CMO, deputado Mendes Ribeiro (PMDB-RS), concorda que o Congresso precisa ter maior controle sobre o Orçamento. "O Executivo faz o que bem entende com o Orçamento. Temos que encontrar medidas para obrigar o Executivo a cumprir o Orçamento como aprovamos. No caso do Orçamento participativo, não acredito que o governo vai ter coragem de não executar a vontade popular", disse.

Comentários dos leitores
Bolinha da Lulu (843) 31/01/2010 15h00
Bolinha da Lulu (843) 31/01/2010 15h00
pelos comentários tem muita gente que adora ser roubado. Creio que o melhor seria deixa-los na confluência das grandes avenidas no horário do "rush" com placas dizendo que querem ser assaltados para saber como é difícil ser achacado por um meliante no meio da rua ou dentro de sua casa no horário do jornal nacional por um político que se diz dos trabalhadores. Quem sabe após ser severamente espoliado de seus recursos e tiver que ir até um posto médico para receber atendimento, marcar a consulta para depois de 3 meses, ou se precisar de um aparelho para sua sobrevivência ter que esperar a burocracia determinar se ele realmente precisa, ou ainda estar em uma lista de espera para ser operado, mas como o responsável recebia propina para passar pacientes na frente se bloqueia tudo e se fica a míngua sem atendimento ou meios de conseguir o mesmo beneficio por não ter dinheiro.
É fácil falar aqui dos erros que ocorrem ou achar desculpas para as palhaçadas que fazem, mas nada disso mudará a realidade de um povo inculto, pobre, sem recursos e desamparado pelos político que estão lá apenas para deixarem de ser povo e poderem se tornar a elite privilegiada de poder ser tratada no Sírio Libanes ou no Albert Einstein, já o Incor ou o HC não é mais para as elites.
sem opinião
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Walmer Neves (20) 31/01/2010 02h12
Walmer Neves (20) 31/01/2010 02h12
Prezados,
Minha sugestão é de que o presidente tope o que a oposição quer.... o cumprimento do acordo que o PPS,DEMOS e PSDB impõe como condição para aprovar o orçamentoe e o marco regulatório do PRÉ-SAL.
Tipo:
Vamos fazer assim, OPOSIÇÃO: COLOCAREMOS O EVETO PARA APRECIAÇÃO DO CONGRESSO, MELHOR AINDA, VAMOS RETIRAR O VETO CONSTITUCIONAL.
MÁS !!!!! ... como contrapartida iremos medir os impactos economicos negativos para o GOV. e os impactos sociais para sociedade e veicularemos em mídia nacional.
TOPA... SEU RONALDO CAIADO!?!?
é só colocar o veto para apreciação no plenário do Congresso Nacional. Caso contrário, é obstrução total!", ameaçou Caiado no no twitter.
sem opinião
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alvaro luiz valim (18) 30/01/2010 20h25
alvaro luiz valim (18) 30/01/2010 20h25
280 milhoes por mes, 25000 desempregados, quem pagara a brincadeira, o TCU?, a midia? a opsiçao? 6 opiniões
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