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13/03/2007
-
19h48
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
A oposição conseguiu nesta noite derrubar as votações no plenário da Câmara dos Deputados ao cumprir a promessa de obstruir os trabalhos da Casa Legislativa até que a CPI do Apagão Aéreo seja instalada. Depois de mais de duas horas de ataques entre parlamentares do governo e da oposição, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), encerrou a sessão sem conseguir colocar nenhum dos itens da pauta em votação.
Irritados, os governistas acusaram o PSDB, PFL e o PPS de prejudicarem a sociedade brasileira ao impedirem a votação de uma série de projetos reivindicados por entidades dos direitos das mulheres --como o que endurece as penalidades para quem divulga imagens de exploração sexual de crianças e adolescentes. Além dos projetos, duas medidas provisórias e a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que acaba com o voto secreto na Câmara estão na pauta da Casa.
"É uma derrota da sociedade. Por conta da birra da oposição, não votamos projetos de interesse do país", criticou o vice-líder do governo na Câmara, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS).
O deputado Ronaldo Caiado (PFL-GO) rebateu os argumentos dos governistas. "Essa é uma maneira de falsear um gesto violento que eles praticaram como maioria. O que é mais importante: os projetos que aí estão ou as vidas que foram ceifadas no acidente da Gol?", questionou.
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), reconheceu que os trabalhos da Câmara foram prejudicados com a obstrução efetivada pela oposição. "Do ponto de vista de que vínhamos conseguindo produzir, a semana começa com dificuldades. Sob esse aspecto, há comprometimento. Mas [a obstrução] é regimental, portanto, é democrática", disse.
Os oposicionistas prometem manter a obstrução dos trabalhos até a instalação da CPI do Apagão Aéreo. A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara deve julgar amanhã recurso apresentado pelo PT pedindo que a CPI não seja instalada.
O STF (Supremo Tribunal Federal) também analisa recurso apresentado pela oposição que, ao contrário dos governistas, pede a instalação da CPI.
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A oposição conseguiu nesta noite derrubar as votações no plenário da Câmara dos Deputados ao cumprir a promessa de obstruir os trabalhos da Casa Legislativa até que a CPI do Apagão Aéreo seja instalada. Depois de mais de duas horas de ataques entre parlamentares do governo e da oposição, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), encerrou a sessão sem conseguir colocar nenhum dos itens da pauta em votação.
Irritados, os governistas acusaram o PSDB, PFL e o PPS de prejudicarem a sociedade brasileira ao impedirem a votação de uma série de projetos reivindicados por entidades dos direitos das mulheres --como o que endurece as penalidades para quem divulga imagens de exploração sexual de crianças e adolescentes. Além dos projetos, duas medidas provisórias e a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que acaba com o voto secreto na Câmara estão na pauta da Casa.
"É uma derrota da sociedade. Por conta da birra da oposição, não votamos projetos de interesse do país", criticou o vice-líder do governo na Câmara, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS).
O deputado Ronaldo Caiado (PFL-GO) rebateu os argumentos dos governistas. "Essa é uma maneira de falsear um gesto violento que eles praticaram como maioria. O que é mais importante: os projetos que aí estão ou as vidas que foram ceifadas no acidente da Gol?", questionou.
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), reconheceu que os trabalhos da Câmara foram prejudicados com a obstrução efetivada pela oposição. "Do ponto de vista de que vínhamos conseguindo produzir, a semana começa com dificuldades. Sob esse aspecto, há comprometimento. Mas [a obstrução] é regimental, portanto, é democrática", disse.
Os oposicionistas prometem manter a obstrução dos trabalhos até a instalação da CPI do Apagão Aéreo. A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara deve julgar amanhã recurso apresentado pelo PT pedindo que a CPI não seja instalada.
O STF (Supremo Tribunal Federal) também analisa recurso apresentado pela oposição que, ao contrário dos governistas, pede a instalação da CPI.
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