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17/04/2007
-
16h33
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, deu parecer favorável à criação da CPI do Apagão Aéreo na Câmara dos Deputados. O parecer já foi enviado para o STF (Supremo Tribunal Federal), que vai analisar o mandado de segurança ajuizado pela oposição pedindo a instalação da CPI.
No parecer, o procurador argumenta que a Câmara deve preservar o direito das minorias de instalarem a CPI, por isso, afirma que não seria cabível questionar a legitimidade da comissão.
"Isso implicaria retirar da minoria parlamentar o poder de decisão a cerca do requerimento para a instauração de CPI e transferi-lo à maioria dos congressistas --se permitida a votação do recurso em plenário-- em evidente descompasso com o comando constitucional", afirma o procurador no parecer.
Fernando diz ainda que a criação da CPI não está condicionada à prévia discussão e consenso da maioria dos deputados.
O procurador afirma também que há nítido propósito da maioria parlamentar (base aliada) de criar embaraços para que a minoria (oposição) não consiga instalar a CPI.
"O constituinte foi expresso ao prescrever que a CPI será criada, obedecidos os demais requisitos constitucionais, mediante requerimento de um terço dos membros de qualquer das casas legislativas", afirmou.
Decisão
No final de março, o ministro do STF Celso de Mello determinou o desarquivamento do pedido de criação da CPI. No entanto, ele não determinou a instalação da comissão e disse que essa decisão caberia ao plenário do STF.
Na ocasião, a oposição queria que o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), instalasse imediatamente a CPI. Mas Chinaglia disse que só poderia instalar a comissão após a decisão do plenário do STF. Para julgar o mandado de segurança, o STF precisava do parecer de Souza, que saiu hoje.
A expectativa da oposição é que o STF aceite a recomendação de Souza e determine que a Câmara instale a CPI. O mandado de segurança que pede a abertura da CPI deve ser julgado pelo STF no final deste mês.
Senado
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse hoje que os senadores devem esperar a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a CPI do Apagão Aéreo na Câmara para decidir depois se instala uma outra comissão no Senado.
Apesar de pedir cautela aos líderes sobre a instalação da CPI, Renan disse que vai seguir a vontade da maioria. "Não posso substituir a vontade dos lideres e da Casa", afirmou.
Segundo o senador, a Câmara tem prioridade para instalar a CPI já que iniciou a discussão sobre a sua criação. 'Acho que a Câmara tem precedência [sobre a CPI] porque começou primeiro a discussão', disse.
A oposição já tem 30 das 27 assinaturas necessárias para o requerimento com o pedido de instalação da CPI no Senado. O DEM (ex-PFL) promete entregar amanhã o requerimento a Renan para que instale a comissão.
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da Folha Online, em Brasília
O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, deu parecer favorável à criação da CPI do Apagão Aéreo na Câmara dos Deputados. O parecer já foi enviado para o STF (Supremo Tribunal Federal), que vai analisar o mandado de segurança ajuizado pela oposição pedindo a instalação da CPI.
No parecer, o procurador argumenta que a Câmara deve preservar o direito das minorias de instalarem a CPI, por isso, afirma que não seria cabível questionar a legitimidade da comissão.
"Isso implicaria retirar da minoria parlamentar o poder de decisão a cerca do requerimento para a instauração de CPI e transferi-lo à maioria dos congressistas --se permitida a votação do recurso em plenário-- em evidente descompasso com o comando constitucional", afirma o procurador no parecer.
Fernando diz ainda que a criação da CPI não está condicionada à prévia discussão e consenso da maioria dos deputados.
O procurador afirma também que há nítido propósito da maioria parlamentar (base aliada) de criar embaraços para que a minoria (oposição) não consiga instalar a CPI.
"O constituinte foi expresso ao prescrever que a CPI será criada, obedecidos os demais requisitos constitucionais, mediante requerimento de um terço dos membros de qualquer das casas legislativas", afirmou.
Decisão
No final de março, o ministro do STF Celso de Mello determinou o desarquivamento do pedido de criação da CPI. No entanto, ele não determinou a instalação da comissão e disse que essa decisão caberia ao plenário do STF.
Na ocasião, a oposição queria que o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), instalasse imediatamente a CPI. Mas Chinaglia disse que só poderia instalar a comissão após a decisão do plenário do STF. Para julgar o mandado de segurança, o STF precisava do parecer de Souza, que saiu hoje.
A expectativa da oposição é que o STF aceite a recomendação de Souza e determine que a Câmara instale a CPI. O mandado de segurança que pede a abertura da CPI deve ser julgado pelo STF no final deste mês.
Senado
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse hoje que os senadores devem esperar a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a CPI do Apagão Aéreo na Câmara para decidir depois se instala uma outra comissão no Senado.
Apesar de pedir cautela aos líderes sobre a instalação da CPI, Renan disse que vai seguir a vontade da maioria. "Não posso substituir a vontade dos lideres e da Casa", afirmou.
Segundo o senador, a Câmara tem prioridade para instalar a CPI já que iniciou a discussão sobre a sua criação. 'Acho que a Câmara tem precedência [sobre a CPI] porque começou primeiro a discussão', disse.
A oposição já tem 30 das 27 assinaturas necessárias para o requerimento com o pedido de instalação da CPI no Senado. O DEM (ex-PFL) promete entregar amanhã o requerimento a Renan para que instale a comissão.
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