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15/05/2007
-
12h00
GABRIELA GUERREIRO
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva responsabilizou parte da crise aérea que atinge o país ao que chamou de "falta de planejamento histórico" no setor aéreo brasileiro. Lula disse hoje, em entrevista coletiva, que ainda é cedo para apontar culpados para a crise ou para o acidente entre o Boeing da Gol e o jato Legacy, no ano passado. Mas reconheceu que, diante do sucateamento do setor nos últimos anos, a crise acabou ganhando força.
"Estamos sendo vítimas da falta de planejamento histórico desse país. E agora temos que recuperar. Se algum aeroporto ou a Infraero gastou dinheiro a mais em publicidade, tem que se investigar. No mais, vamos continuar trabalhando nos aeroportos brasileiros porque eles precisam que a gente continue trabalhando", disse.
Lula reconheceu que aeroportos como o de Congonhas, em São Paulo, operam acima do limite ideal. O presidente afirmou que Congonhas, assim como aeroportos localizados em centros urbanos, foram construídos para serem auxiliares de grandes aeroportos situados fora da cidade, mas acabaram tendo que assumir uma função efetiva.
O presidente disse estar disposto a construir uma nova pista para Congonhas com o objetivo de desafogar o tráfego aéreo em São Paulo. "Hoje, sai de Congonhas avião para quase toda parte do país. Você tem a mesma pista que tinha há 30 anos, obviamente vai ter problemas. No que for necessário, vamos tentar fazer uma terceira pista", afirmou.
Lula disse ser necessário separar a crise aérea do acidente com o avião da Gol, no ano passado. "Não vamos confundir acidente com avião da Gol com o problema nos aeroportos. Não tenho o resultado final da investigação", disse.
O presidente lembrou que a crise da Varig também contribuiu para o apagão aéreo instalado nos principais aeroportos do país. "Tivemos problema no Brasil que muitas vezes não é levado em conta que é a crise da Varig, que deixou de existir."
Segundo o presidente, a história vai julgar se houve omissão do governo na crise aérea. "Quando há julgamentos precipitados, a gente cria confusão desnecessária. Ao invés de o presidente dar opinião sobre o que aconteceu, prefiro esperar o resultado final das investigações. Eu teoricamente sei o que aconteceu, fui informado. Sou prudente em não condenar a priori ninguém", afirmou.
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PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva responsabilizou parte da crise aérea que atinge o país ao que chamou de "falta de planejamento histórico" no setor aéreo brasileiro. Lula disse hoje, em entrevista coletiva, que ainda é cedo para apontar culpados para a crise ou para o acidente entre o Boeing da Gol e o jato Legacy, no ano passado. Mas reconheceu que, diante do sucateamento do setor nos últimos anos, a crise acabou ganhando força.
"Estamos sendo vítimas da falta de planejamento histórico desse país. E agora temos que recuperar. Se algum aeroporto ou a Infraero gastou dinheiro a mais em publicidade, tem que se investigar. No mais, vamos continuar trabalhando nos aeroportos brasileiros porque eles precisam que a gente continue trabalhando", disse.
Lula reconheceu que aeroportos como o de Congonhas, em São Paulo, operam acima do limite ideal. O presidente afirmou que Congonhas, assim como aeroportos localizados em centros urbanos, foram construídos para serem auxiliares de grandes aeroportos situados fora da cidade, mas acabaram tendo que assumir uma função efetiva.
O presidente disse estar disposto a construir uma nova pista para Congonhas com o objetivo de desafogar o tráfego aéreo em São Paulo. "Hoje, sai de Congonhas avião para quase toda parte do país. Você tem a mesma pista que tinha há 30 anos, obviamente vai ter problemas. No que for necessário, vamos tentar fazer uma terceira pista", afirmou.
Lula disse ser necessário separar a crise aérea do acidente com o avião da Gol, no ano passado. "Não vamos confundir acidente com avião da Gol com o problema nos aeroportos. Não tenho o resultado final da investigação", disse.
O presidente lembrou que a crise da Varig também contribuiu para o apagão aéreo instalado nos principais aeroportos do país. "Tivemos problema no Brasil que muitas vezes não é levado em conta que é a crise da Varig, que deixou de existir."
Segundo o presidente, a história vai julgar se houve omissão do governo na crise aérea. "Quando há julgamentos precipitados, a gente cria confusão desnecessária. Ao invés de o presidente dar opinião sobre o que aconteceu, prefiro esperar o resultado final das investigações. Eu teoricamente sei o que aconteceu, fui informado. Sou prudente em não condenar a priori ninguém", afirmou.
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