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29/01/2001 - 11h27

Petroleiro encalhado em Galápagos vai permanecer no porto

da Reuters
em Puerto Baquerizo Moreno (Equador)

O petroleiro que derramou óleo combustível nas paradisíacas ilhas Galápagos não pode ser retirado do local onde encalhou e deve transformar-se num recife artificial, repleto de peixes, servindo de abrigo a focas e aves exóticas, informou a Guarda Costeira dos EUA no domingo.

A marinha equatoriana disse que esperava retirar o "Jessica" do pequeno porto da ilha de San Cristobal, onde encalhou na semana passada, derramando a maior parte de seu carregamento de 908.496 litros de combustível nas águas cristalinas do arquipélago.

Mas, segundo o chefe de resgates da Guarda Costeira norte-americana, Ed Stanton, embora o navio naufragado possa macular a paisagem do porto, com o tempo vai se transformar em recife artificial e novo habitat para a fauna marinha.

"A embarcação já começou a atrair peixes", disse Stanton. "Com o tempo, passará a ser visto como ótimo lugar para mergulhar. É um novo habitat. As Galápagos ganharam uma nova ilha: a ilha Jessica."

A marinha foi obrigada a desistir de retirar a embarcação encalhada porque não possuía os equipamentos necessários e a quilha estava em péssimo estado. Para Stanton, dentro de dois anos não sobrará nada visível.

O óleo e os dispersantes químicos vazados já foram quase todos espalhados no mar, disse Stanton, de modo que não existe mais urgência ecológica de retirar a embarcação do local.

Os trabalhos de limpeza agora se concentram em encontrar as aves e os leões marinhos mais afetados pelo vazamento de óleo no arquipélago que o naturalista britânico Charles Darwin, no século 19, descreveu como "encantado".

Equipes de funcionários do Parque Nacional Galápagos vasculham o litoral das ilhas com redes e materiais de limpeza, à procura de animais atingidos. Mas elas acreditam que o ecossistema singular das ilhas vulcânicas não sofrerá nenhum dano a longo prazo.

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