Publicidade
Publicidade
27/12/2002
-
16h53
O anúncio do nascimento do primeiro bebê clonado, feito pela química Brigitte Boisselier, 46, provocou ceticismo e indignação na comunidade médica e científica.
Os cientistas desafiam Boisselier a provar a clonagem reproduzindo o código genético do bebê e o do adulto original. Ela promete a prova em oito ou nove dias.
Eles advertem sobre os perigos observados na clonagem de animais: anomalias no coração, nos pulmões, no sistema imunológico e no fígado, além de obesidade, alto índice de mortalidade antes ou imediatamente depois do nascimento, câncer e envelhecimento precoce.
O especialista de reprodução Jacques Montaigut, membro do Comitê Nacional Francês de Ética, mostrou-se "indignado" com esse "anúncio duvidoso" e por esta "corrida fantástica em direção à imortalidade, aos bancos de órgãos e aos negócios".
"Precisamos proibir a clonagem reprodutiva em todo o mundo. É uma questão que envolve os direitos humanos", afirmou Montaigut, citando os "riscos inadmissíveis para o bebê".
"Estamos presenciando uma situação absurda e escandalosa", disse o especialista francês em genética Axel Kahn. Os especialista alertam para a dificuldade da técnica. Hoje, as chances de sucesso ainda são muito pequenas. Segundo o professor Kahn, nos animais apenas 1% das experiências de clonagem são bem-sucedidas.
"Até nós, que parecemos normais quando nascemos, desenvolvemos problemas mais tarde", afirmou um veterinário norte-americano Jon Hill, especialista em clonagem bovina.
Até o ginecologista italiano Severino Antinori, que anunciou para janeiro de 2003 o nascimento de um bebê clonado, não acreditou no nascimento. "Um anúncio deste tipo não é corroborado por uma base científica, corre o risco de criar confusão", disse para a agência de notícias Ansa.
Ontem, Boisselier, integrante do movimento raeliano e presidente da empresa Clonaid, disse ter trazido ao mundo o primeiro bebê clonado, uma menina, que nasceu em uma cesariana. Os raelianos acreditam que a clonagem é uma forma de alcançar a imortalidade.
Leia mais
Nasce o 1º clone humano, segundo seita
Raelianos esperam abrir laboratório no Brasil
Anúncio causa ceticismo entre cientistas
Geneticista francês acha improvável
Cientistas alemães também duvidam
Antinori não acredita em nascimento
Saiba quem são os raelianos
Rael quer civilização em outro planeta
Entenda o processo da clonagem
Movimento anuncia outros bebês clonados
Para ONU, anúncio não será aceito como fato
Questão divide comunidade internacional
Bush quer proibir clonagem humana nos EUA
Anúncio de nascimento de clone causa ceticismo entre cientistas
da France Presse, em ParisO anúncio do nascimento do primeiro bebê clonado, feito pela química Brigitte Boisselier, 46, provocou ceticismo e indignação na comunidade médica e científica.
Os cientistas desafiam Boisselier a provar a clonagem reproduzindo o código genético do bebê e o do adulto original. Ela promete a prova em oito ou nove dias.
Eles advertem sobre os perigos observados na clonagem de animais: anomalias no coração, nos pulmões, no sistema imunológico e no fígado, além de obesidade, alto índice de mortalidade antes ou imediatamente depois do nascimento, câncer e envelhecimento precoce.
O especialista de reprodução Jacques Montaigut, membro do Comitê Nacional Francês de Ética, mostrou-se "indignado" com esse "anúncio duvidoso" e por esta "corrida fantástica em direção à imortalidade, aos bancos de órgãos e aos negócios".
"Precisamos proibir a clonagem reprodutiva em todo o mundo. É uma questão que envolve os direitos humanos", afirmou Montaigut, citando os "riscos inadmissíveis para o bebê".
"Estamos presenciando uma situação absurda e escandalosa", disse o especialista francês em genética Axel Kahn. Os especialista alertam para a dificuldade da técnica. Hoje, as chances de sucesso ainda são muito pequenas. Segundo o professor Kahn, nos animais apenas 1% das experiências de clonagem são bem-sucedidas.
"Até nós, que parecemos normais quando nascemos, desenvolvemos problemas mais tarde", afirmou um veterinário norte-americano Jon Hill, especialista em clonagem bovina.
Até o ginecologista italiano Severino Antinori, que anunciou para janeiro de 2003 o nascimento de um bebê clonado, não acreditou no nascimento. "Um anúncio deste tipo não é corroborado por uma base científica, corre o risco de criar confusão", disse para a agência de notícias Ansa.
Ontem, Boisselier, integrante do movimento raeliano e presidente da empresa Clonaid, disse ter trazido ao mundo o primeiro bebê clonado, uma menina, que nasceu em uma cesariana. Os raelianos acreditam que a clonagem é uma forma de alcançar a imortalidade.
Leia mais
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Gel contraceptivo masculino é aprovado em testes com macacos
- Sons irritantes de mastigação fazem parte do cérebro entrar em parafuso
- Continente perdido há milhões de anos é achado debaixo do Oceano Índico
- Por que é tão difícil definir o que é vida e o que são seres 'vivos'
- Conheça as histórias de mulheres de sucesso na Nasa
+ Comentadas
- Criatura em forma de saco e sem ânus poderia ser antepassado do homem
- Atritos entre governo estadual e Fapesp são antigos, dizem cientistas
+ EnviadasÍndice