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15/12/2004 - 09h33

Campanha mais cara à Câmara de SP custou R$ 520 mil

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CAIO JUNQUEIRA
da Folha Online

Campanhas praticamente bancadas com recursos próprios e dos partidos, obtenção de recursos por meio de jantares e grandes diferenças no custo da campanha. É o que mostra as prestações de contas de todos os vereadores, às quais a Folha Online teve acesso.

A campanha mais cara foi a do empresário e vereador reeleito Antonio Goulart (PMDB), que gastou R$ 520,5 mil. Desse montante, a maior parte -- 422,9 mil-- veio de doações de empresas. A HTR Contruções e Empreendimentos e o Shopping Center Interlagos foram os maiores doadores, com R$ 100 mil cada um.

Em seguida vem outro reeleito, o também empresário Milton Leite (PMDB), com R$ 331,6 mil. Depois dele, Antonio Carlos Rodrigues (PL), com R$ 317 mil, dos quais R$ 242 mil vieram de pessoas jurídicas.

Em seguida aparecem o pedetista Cláudio Nogueira (R$ 311,2 mil), os petistas Chico Macena (R$ 299,5 mil), Paulo Teixeira (R$ 297,4 mil), Arselino Tatto (R$ 292,7 mil) e José Américo (R$ 284,2 mil).

Entre os tucanos, a campanha mais cara foi de José Aníbal --o vereador mais votado das eleições-- com R$ 267,8 mil. Mais da metade desse valor veio de pessoas jurídicas. O maior doador foi a construtora OAS, com R$ 50 mil.

A campanha de Ricardo Montoro --candidato à presidência da Câmara-- custou R$ 224,8 mil. Os maiores doadores foram o grupo Cosan, com R$ 30 mil, a Renasce (Rede Nacional de Shopping Centers) e a BMF, que doaram R$ 25 mil cada um. O Unibanco e a AIB (Associação Imobiliária Brasileira) doaram R$ 20 mil cada.

O cantor Agnaldo Timóteo (PP) foi eleito vereador com a campanha mais barata da cidade: R$ 26,7 mil.

Pessoa física

Apesar de a maior parte dos vereadores ter arrecadado recursos para suas campanhas por meio de doações de empresas, alguns tiveram pessoas físicas como os maiores doadores.

O pastor Jorge Borges (PP) teve a segunda campanha mais barata entre os 55 eleitos: gastou R$ 29,8 mil para se eleger, dos quais R$ 27,5 mil vieram de doações de pessoas físicas.

Outro religioso, o Bispo Atílio (PTB), teve a terceira campanha mais barata. Gastou R$ 32 mil, mas apenas R$ 7 mil foram doados por pessoas físicas.

Alguns vereadores tiveram a campanha praticamente bancada com recursos próprios --caso do vereador reeleito Carlos Apolinário (PDT), que desembolsou R$ 145,5 mil, custo total de sua campanha.

A campanha de Wadih Mutran (PP) custou R$ 82,3 mil, sendo que R$ 63,9 mil foram bancados por ele mesmo. Nenhuma pessoa física fez doações a Mutran.

Já Abou Anni (PV) colocou R$ 35,5 mil de seu bolso em uma campanha que custou R$ 59 mil. O médico Mário Dias (PTB) foi além: bancou R$ 107,3 mil dos R$ 160,8 mil da sua campanha.

A campanha do ex-jogador Ademir da Guia (PC do B) foi a que teve maior parte dos recursos de partido. Dos R$ 116,8 mil, R$ 10,5 mil foram doados pela direção estadual e R$ 74,3 mil pelo comitê financeiro municipal.

Eventos

A realização de eventos foi responsável por boa parte dos recursos obtidos pelos vereadores eleitos. José Aníbal ganhou cerca de 1/3 do total de sua campanha em apenas um jantar, ocorrido no restaurante Rubayat, um dos mais caros de São Paulo. O jantar arrecadou R$ 89 mil para sua campanha.

O líder do governo na Câmara, João Antonio, arrecadou R$ 32 mil em um jantar na churrascaria Varanda Grill. Arselino Tatto, presidente da Câmara, conseguiu mais: R$ 90,7 mil em um jantar no Clube Sírio.

O petebista Paulo Frange arrecadou R$ 50 mil em uma reunião de confraternização em uma churrascaria da cidade. Já o tucano William Woo arrecadou R$ 63,6 mil em uma festa, que teve apresentação de tambor coreano, entre outras atrações.

Um jantar de Paulo Fiorilo no Buffet França --um dos mais nobres da cidade-- arrecadou R$ 89 mil. Miriam Athiê conseguiu R$ 27 mil em dois eventos: um deles em um restaurante em Moema e outro em uma churrascaria na zona leste.

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