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15/05/2006 - 16h34

Após ataques, escolas e universidades suspendem aulas em SP

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CAMILA MARQUES
da Folha Online

Diversas entidades educacionais de São Paulo, incluindo colégios, faculdades e universidades, suspenderam nesta segunda-feira as aulas. A paralisação em quase todas é temporária e válida apenas para hoje.

O principal motivo da suspensão, segundo as entidades, é a falta de transporte público resultante da onda de ataques atribuídos ao PCC (Primeiro Comando da Capital) iniciada na última sexta. Somente na capital, 47 veículos foram queimados entre a noite de domingo (14) e a manhã desta segunda.

Em nota, a PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) explica que suspendeu atividades acadêmicas e administrativas em campi de São Paulo (Monte Alegre, Marquês de Paranaguá, Santana e Derdic) "em virtude da situação de insegurança generalizada na cidade, que implica em risco para a população de estudantes, funcionários e professores".

Segundo a PUC-SP, a volta às atividades será informada no site da instituição (www.pucsp.br) e por mensagem eletrônica "assim que forem restituídas condições adequadas ao funcionamento da universidade."

O mesmo ocorre com a Uniban (Universidade Bandeirante). Recado da universidade diz que "em razão da falta de transporte e calamidade pública na cidade de São Paulo, não haverá aula hoje [ (segunda] em todos os campi".

A Metodista, cujos campi ficam no ABC, afirma que "devido às manifestações de violência hoje, dia 15 de maio, não haverá aula" --os trabalhos voltam ao normal na terça-feira.

A mesma posição foi adotada, segundo informações passadas à Folha Online, pela USP (Universidade São Paulo), UniFMU (Faculdades Metropolitanas Unidas), FEI (Fundação Educacional Inaciana), Unip (Universidade Paulista), Anhembi Morumbi, São Marcos, FGV (Fundação Getúlio Vargas), Faap(Fundação Armando Álvares Penteado), Belas Artes, UniABC (Universidade do Grande ABC), Centro Universitário Fundação Santo André, Uninove (Universidade Nove de Julho) e Universidade Mackenzie --nestas três últimas, também na terça-feira em todos os períodos.

Nos centros de graduação São Camilo e FAI (Centro Universitário Assunção), na região do Ipiranga, estuda-se cancelar as aulas apenas à noite. "Ninguém consegue assistir às aulas. Espero que nos liberem", diz Paula Cristina, 24, estudante de informática da São Camilo.

O Complexo Jurídico Damásio de Jesus, conhecido por ministrar cursinhos preparatórios na área jurídica, suspendeu as aulas até a manhã de terça-feira. Cerca de 2.000 alunos estudam no local.

Escolas

Nesta manhã, a Secretaria de Estado da Educação informou que ao menos 30% dos alunos da rede estadual de ensino deixaram de comparecer às aulas nas 274 escolas estaduais da zona sul de São Paulo. Segundo a assessoria de imprensa, porém, o problema se concentrou na região por conta da falta de transporte público.

A Secretaria de Educação avalia ainda que por um medo natural dos pais, a presença de alunos em toda a rede deve cair --um balanço está previsto para sair na tarde de terça-feira.

O único caso "isolado" de cancelamento de aulas, ainda de acordo com a secretaria, foi registrado na Escola Estadual Almirante Custódio José de Melo, na zona leste. O motivo teria sido a dificuldade dos professores para chegar à instituição pela manhã.

As ruas que dão acesso à escola, bem próxima ao 2º Batalhão do Comando Leste da Polícia Militar e a um quartel do Corpo de Bombeiros, estavam bloqueadas. Na parte da tarde, apesar da regularização das atividades, os alunos foram dispensados quando buscados pelos pais. Cerca de 900 crianças estudam no local.

Quanto às entidades particulares, informações recebidas pela Folha Online dão conta de que algumas instituições de pequeno e médio fecharam as portas para garantir a segurança dos alunos e funcionários. Em outras maiores, como Arquidiocesano e Rosário, na Vila Mariana (zona sul) as atividades foram mantidas.

Em Higienópolis, um veículo da DAS (Divisão Anti-Seqüestro) foi atingido por tiros. Dois tradicionais colégios da região, o Rio Branco e o Sion, aumentaram a segurança em seus quarteirões. O Sion suspendeu as atividades extras, que obrigariam os alunos do período matutino a voltar para o bairro à tarde. Os alunos do período vespertino têm aulas normais. O Sion tem 1.100 alunos.

O Rio Branco --com 1.800 alunos-- informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que os alunos do período da tarde só sairão do colégio na presença dos pais ou responsáveis.

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