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01/11/2006 - 09h10

Passageiros enfrentam sexto dia de atrasos em aeroportos do país

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da Folha Online

Os passageiros enfrentam nesta quarta-feira, véspera de feriado prolongado de Finados, mais um dia de atrasos em vôos nos principais aeroportos do país, reflexo da operação-padrão dos controladores de tráfego aéreo. É o sexto dia seguido de problemas.

Segundo informações da Infraero (estatal que administra os aeroportos), os atrasos variam de 40 minutos a quatro horas, conforme o aeroporto.

Em São Paulo, o aeroporto de Congonhas opera com atrasos entre 40 minutos e uma hora. A chuva que atingiu a região não interferiu na operação do aeroporto. Em Cumbica, ao menos cinco pousos e três decolagens sofreram atrasos no início da manhã. A espera foi de aproximadamente uma hora.

No Rio, ao menos cinco vôos sofreram atrasos de 40 minutos no aeroporto Tom Jobim, de acordo com balanço parcial. No Santos Dumont, havia registro de atraso em apenas um pouso.

Os problemas também atingem outros dos principais aeroportos do país. No Tancredo Neves (MG), a espera chega a duas horas. Há problemas, ainda, nos aeroportos de Pampulha, Brasília, Recife e Fortaleza.

A previsão é que o movimento causado pelo feriado prolongado cause, nesta quarta, mais atrasos nos terminais.

A crise no setor aéreo começou na última sexta-feira (27), quando os controladores de Brasília iniciaram uma operação-padrão --elevaram a distância entre os aviões e reduziram o número de aeronaves vigiadas por controlador. As normas internacionais determinam que cada operador deve controlar, no máximo, 14 aeronaves no mesmo instante.

O trabalho no Cindacta 1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), com sede em Brasília, está desfalcado desde o afastamento de oito controladores, após a queda do avião da Gol em Mato Grosso, que resultou na morte dos 154 ocupantes, em 29 de setembro.

Crise

Na terça-feira (31), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou as principais autoridades do setor e, ao final da reunião, o ministro da Defesa, Waldir Pires, anunciou algumas medidas para tentar conter a crise no tráfego aéreo, porém, admitiu não ter garantias de que a situação se normalize nos próximos dias. "Estamos trabalhando para uma solução mais rápida possível", disse.

Entre as medidas anunciadas para conter a crise estão a mudança de rotas para evitar o congestionamento na área do radar de Brasília --o que poderá aumentar o tempo desses vôos--, suspensão das férias e a abertura de concurso para controladores de tráfego aéreo. Na segunda-feira, A Aeronáutica já havia limitado vôos de aeronaves pequenas durante os horários de pico --a medida deve valer até o fim do mês, mas ainda não surtiu efeito.

Além disso, o governo anunciou a criação de uma "cooperativa" com representantes de empresas aéreas, controladores de radar e funcionários da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Caberá a essa cooperativa decidir em tempo real as prioridades de decolagens e eventuais fusões de vôos para diminuir o tráfego. Segundo o presidente do Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias), George Ermakoff, "a qualquer sinal de problemas, as empresas aéreas poderão se antecipar aos fatos."

Viagens

As agências de viagem dizem ainda não sofrer com os sucessivos atrasos nos vôos, mas temem ser prejudicadas, com desistências ou queda no movimento, caso o problema perdure.

"Pode haver queda de procura se a crise perdurar, mas não acho que ela vá continuar por muito tempo", afirmou José Zuquim, vice-presidente da regional paulista da Abav (Associação Brasileira das Agências de Viagem) e presidente da Associação Brasileira dos Operadores de Turismo. Ele não vê queda nas vendas dos pacotes.

Com Folha de S.Paulo

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