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20/01/2007
-
09h09
EVANDRO SPINELLI
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
da Folha de S.Paulo
Uma semana após o acidente que provocou a morte de pelo menos seis pessoas nas obras da estação Pinheiros, o governador José Serra (PSDB) disse ontem que a diretoria do Metrô determinou que o Consórcio Via Amarela realize uma inspeção e reforce a segurança em todas as obras da linha 4-amarela (Vila Sônia-Luz).
A ordem foi divulgada ontem por Serra, mas, segundo o governador, já foi expedida há "uns dois dias".
Já houve 11 acidentes na linha, que deixaram sete mortos, segundo o Sindicato dos Metroviários --um deles, um operário, morreu após deslizamento de terra em abril do ano passado, nas obras da futura estação Oscar Freire.
No primeiro acidente registrado, em dezembro de 2005, uma casa da rua Amaro Cavalheiro, em Pinheiros, adernou e outras quatro sofreram avarias. Todas foram demolidas.
Na quinta-feira, a Folha mostrou que as obras estão provocando rachaduras em casas próximas de praticamente todas as estações em construção. Na véspera do acidente, haviam surgido fissuras ao redor do poço da estação Pinheiros, local do desabamento.
""[A linha 4] É uma obra que é fundamental para a cidade. Vamos fazer isso dentro de padrões reforçados de segurança", disse o governador.
Ele não detalhou que tipo de medida deve ser tomada pelo consórcio. Procurado via assessoria de imprensa, o consórcio Via Amarela divulgou somente que não comentaria as declarações do governador. A Folha havia questionado o consórcio sobre as medidas tomadas para cumprir a determinação.
Já o Metrô, através de sua assessoria, declarou que não teria como, ontem à noite, explicar como se dará a inspeção e o reforço de segurança, mas que o serviço está sendo realizado.
Obras continuam
Com exceção do local onde houve o acidente, a construção do restante da linha, de 12,8 km, continua normalmente.
Serra afirmou ainda que as obras nos outros pontos da linha amarela não serão embargadas, mas que a retomada da estação Pinheiros só vai ocorrer quando terminarem as buscas por desaparecidos.
""[A retomada] depende das buscas, porque não pode ser retomado nada sem completar as buscas, sem se chegar a uma conclusão a esse respeito."
Foi identificada ontem a sexta vítima do acidente, o funcionário público Marcio Rodrigues Alambert, 31. Ele estava no microônibus que foi engolido pela cratera aberta no local. Os bombeiros também retiraram do buraco, por volta das 4h, o que restou do veículo.
Ainda existe a suspeita de que mais uma pessoa, o office-boy Cícero Augustinho da Silva, 60, que está desaparecido, esteja entre os escombros. Porém, as buscas foram suspensas.
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JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
da Folha de S.Paulo
Uma semana após o acidente que provocou a morte de pelo menos seis pessoas nas obras da estação Pinheiros, o governador José Serra (PSDB) disse ontem que a diretoria do Metrô determinou que o Consórcio Via Amarela realize uma inspeção e reforce a segurança em todas as obras da linha 4-amarela (Vila Sônia-Luz).
A ordem foi divulgada ontem por Serra, mas, segundo o governador, já foi expedida há "uns dois dias".
Já houve 11 acidentes na linha, que deixaram sete mortos, segundo o Sindicato dos Metroviários --um deles, um operário, morreu após deslizamento de terra em abril do ano passado, nas obras da futura estação Oscar Freire.
No primeiro acidente registrado, em dezembro de 2005, uma casa da rua Amaro Cavalheiro, em Pinheiros, adernou e outras quatro sofreram avarias. Todas foram demolidas.
Na quinta-feira, a Folha mostrou que as obras estão provocando rachaduras em casas próximas de praticamente todas as estações em construção. Na véspera do acidente, haviam surgido fissuras ao redor do poço da estação Pinheiros, local do desabamento.
""[A linha 4] É uma obra que é fundamental para a cidade. Vamos fazer isso dentro de padrões reforçados de segurança", disse o governador.
Ele não detalhou que tipo de medida deve ser tomada pelo consórcio. Procurado via assessoria de imprensa, o consórcio Via Amarela divulgou somente que não comentaria as declarações do governador. A Folha havia questionado o consórcio sobre as medidas tomadas para cumprir a determinação.
Já o Metrô, através de sua assessoria, declarou que não teria como, ontem à noite, explicar como se dará a inspeção e o reforço de segurança, mas que o serviço está sendo realizado.
Obras continuam
Com exceção do local onde houve o acidente, a construção do restante da linha, de 12,8 km, continua normalmente.
Serra afirmou ainda que as obras nos outros pontos da linha amarela não serão embargadas, mas que a retomada da estação Pinheiros só vai ocorrer quando terminarem as buscas por desaparecidos.
""[A retomada] depende das buscas, porque não pode ser retomado nada sem completar as buscas, sem se chegar a uma conclusão a esse respeito."
Foi identificada ontem a sexta vítima do acidente, o funcionário público Marcio Rodrigues Alambert, 31. Ele estava no microônibus que foi engolido pela cratera aberta no local. Os bombeiros também retiraram do buraco, por volta das 4h, o que restou do veículo.
Ainda existe a suspeita de que mais uma pessoa, o office-boy Cícero Augustinho da Silva, 60, que está desaparecido, esteja entre os escombros. Porém, as buscas foram suspensas.
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