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19/02/2007
-
01h25
da Folha Online
O verde e o rosa se desdobraram em uma infinidade de tons no desfile da Mangueira, a terceira agremiação a se apresentar na Sapucaí. Mesmo sem Jamelão, que se recupera de um derrame, a escola animou o público com cores fortes e um samba marcante com o enredo "Minha pátria é minha língua, Mangueira meu grande amor. Meu samba vai ao Lácio e colhe a última flor".
No desfile, verdes claro, limão e bandeira se uniram a rosas choque, bebê, solferino, roxo e lilás para compor fantasias e alegorias criadas pelo carnavalesco Max Lopes --que não se deu por satisfeito e acrescentou diversas outras cores aos tons oficiais da escola.
A comissão de frente mudou de fantasia durante a evolução, trocando o verde-e-rosa por um figurino lusitano para lembrar a origem da língua oficial do país. Mensagens foram formadas com placas levadas pelos componentes.
Já o abre-alas representou o Coliseu, repleto de divindades.
Preta Gil, com um collant verde brilhante com detalhes em rosa e asas douradas, foi a rainha da bateria --que gerou aplausos com as coreografias elaboradas dos percussionistas.
As referências à língua portuguesa estiveram também no carro que trouxe uma enorme representação da carta de Pero Vaz de Caminha e na ala das crianças. Vestidas de tartarugas, elas dançaram o "tiro-liro" na coreografia elaborada para a ala.
Já a alegoria "Inspiração Literária" levou à avenida uma enorme e colorida representação do "Abaporu", quadro de Tarsila do Amaral. A alegoria lembrou a Semana de Arte Moderna de 1922.
Se a escola brincou com suas cores, as baianas vieram tradicionais, todas em verde e rosa em homenagem ao clássico "As Rosas Não Falam", de Cartola.
O samba-enredo foi cantado por um grupo de intérpretes da Mangueira liderados por Luizito e com o apoio de Emílio Santiago, pois Jamelão sofreu dois derrames recentemente. Luizito chegou a ter um início de infarto dias atrás, mas não abriu mão de defender a agremiação no sambódromo. O público fez coro no refrão ("Vem no vira da Mangueira, vem sambar/ Meu idioma tem o dom de transformar/ Faz do palácio do samba uma casa portuguesa/ É uma casa portuguesa com certeza").
Confusão
Um dos ícones da agremiação, Beth Carvalho foi impedida de desfilar e chorou. A cantora afirmou ter sido barrada no carro dos baluartes da agremiação por um homem "que não quis identificar". "Estou magoada. A Mangueira fez um belo desfile, deve ser campeã. Queria estar neste campeonato", desabafou a artista, que pertence à ala dos compositores da escola.
Beth Carvalho sai há 36 anos pela escola e diz que não desfilará mais pela Mangueira.
O cantor Emílio Santiago, que participou do coro da Mangueira, disse esperar que Beth Carvalho e a Mangueira se entendam. "Espero que eles cheguem a um denominador comum. Todos nós merecemos respeito", disse.
Com Clarice Spitz
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O verde e o rosa se desdobraram em uma infinidade de tons no desfile da Mangueira, a terceira agremiação a se apresentar na Sapucaí. Mesmo sem Jamelão, que se recupera de um derrame, a escola animou o público com cores fortes e um samba marcante com o enredo "Minha pátria é minha língua, Mangueira meu grande amor. Meu samba vai ao Lácio e colhe a última flor".
Rogerio Cassimiro/Folha Imagem |
Comissão de frente homenageou Jamelão |
A comissão de frente mudou de fantasia durante a evolução, trocando o verde-e-rosa por um figurino lusitano para lembrar a origem da língua oficial do país. Mensagens foram formadas com placas levadas pelos componentes.
Já o abre-alas representou o Coliseu, repleto de divindades.
Preta Gil, com um collant verde brilhante com detalhes em rosa e asas douradas, foi a rainha da bateria --que gerou aplausos com as coreografias elaboradas dos percussionistas.
As referências à língua portuguesa estiveram também no carro que trouxe uma enorme representação da carta de Pero Vaz de Caminha e na ala das crianças. Vestidas de tartarugas, elas dançaram o "tiro-liro" na coreografia elaborada para a ala.
Tuca Vieira/Folha Imagem |
Escola foi a terceira a desfilar na Sapucaí |
Se a escola brincou com suas cores, as baianas vieram tradicionais, todas em verde e rosa em homenagem ao clássico "As Rosas Não Falam", de Cartola.
O samba-enredo foi cantado por um grupo de intérpretes da Mangueira liderados por Luizito e com o apoio de Emílio Santiago, pois Jamelão sofreu dois derrames recentemente. Luizito chegou a ter um início de infarto dias atrás, mas não abriu mão de defender a agremiação no sambódromo. O público fez coro no refrão ("Vem no vira da Mangueira, vem sambar/ Meu idioma tem o dom de transformar/ Faz do palácio do samba uma casa portuguesa/ É uma casa portuguesa com certeza").
Confusão
Um dos ícones da agremiação, Beth Carvalho foi impedida de desfilar e chorou. A cantora afirmou ter sido barrada no carro dos baluartes da agremiação por um homem "que não quis identificar". "Estou magoada. A Mangueira fez um belo desfile, deve ser campeã. Queria estar neste campeonato", desabafou a artista, que pertence à ala dos compositores da escola.
Beth Carvalho sai há 36 anos pela escola e diz que não desfilará mais pela Mangueira.
O cantor Emílio Santiago, que participou do coro da Mangueira, disse esperar que Beth Carvalho e a Mangueira se entendam. "Espero que eles cheguem a um denominador comum. Todos nós merecemos respeito", disse.
Com Clarice Spitz
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